terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

QUANDO A FARTURA É MUITA...

Notícias hoje difundidas em diversos órgãos de comunicação social dão conta da decisão do governo de José Sócrates baixar a percentagem do vencimento, dos trabalhadores por conta de outrem, retidos pelas entidades patronais a título de IRS.

Desta forma aqueles trabalhadores verão aumentado o seu rendimento líquido e minimizados os efeitos negativos dos elevados montantes mensalmente descontados que o Estado reporá meses mais tarde, quando do acerto de contas proporcionado pelas declarações de IRS apresentadas anualmente ao fisco.

É bem provável que as associações patronais venham a contestar esta medida, altamente lesiva dos seus interesses, uma vez que para muitas entidades patronais o montante dos descontos retidos nos vencimentos dos seus trabalhadores (seja a título de IRS seja de descontos para a Segurança Social) constitui uma das suas principais fontes de autofinanciamento.

Uma vez que esta medida apenas aparenta benefícios para os contribuintes individuais, permito-me deixar aqui a dúvida – o que será que o governo se prepara para aumentar?

Nesta, como em muitas outras situações, razão tem o povo ao dizer: «QUANDO A FARTURA É MUITA, O POBRE DESCONFIA!»

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