Decorridos cerca de 15 anos desde a última visita bombástica a Portugal – quando veio dizer o que muitos economistas nacionais já tinham dito antes dele – para apresentar o célebre estudo de desenvolvimento baseado na premissa de que cada país ou região se deve especializar nos produtos para os quais dispõe de vantagens comparativas, eis que o reputado professor norte americano volta com novas ideias...
...o tema de modernidade é agora a ligação entre produção e ambiente (ou melhor a eficiência no aproveitamento dos desperdícios).
Também nesta matéria é do senso comum que um melhor aproveitamento dos recursos energéticos e das matérias-primas apenas pode resultar na redução dos custos de produção. A formulação de Michael Porter consiste em reproduzir o que quase intuitivamente todos sabemos.
Tal como aconteceu na sua anterior aparição nacional, também nesta não deixaram de se fazer ouvir algumas importante e bem fundamentadas críticas:
- a formulação de Porter não tem em linha de conta o grau de desenvolvimento tecnológico específico de cada economia;
- parece um modelo particularmente aplicável a países, como os EUA, que não ratificaram o protocolo de Kyoto sobre a limitação de emissão de poluentes.
De uma forma ou outra o polémico Michael Porter continua a marcar presença regular na agenda mundial, nem que seja com formulações tão desastrosas como a apresentada em 2001 sobre estratégias na Internet, com a qual não se livrou de ser comparado a um “velho do Restelo” que perante o fenómeno da comunicação em rede continua a olhar para a organização empresarial de integração vertical.
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