terça-feira, 2 de agosto de 2005

MUDANÇAS NA ADMINISTRAÇÃO DA CAIXA

O acontecimento não me mereceria grande destaque, uma vez que já todos estamos demasiado habituados à chamada “dança de cadeiras” sempre que se registam mudanças de governo.

Há porém algo que me parece merecedor de uma nota.

A administração agora demitida não estava com a data de validade já ultrapassada?

Outra coisa não se pode pensar de quem anuncia a sua demissão, a propósito da concretizada intenção do governo de Santana Lopes utilizar o fundo de pensões dos trabalhadores da Caixa para colmatar o défice público, com a mesma leviandade que dela rapidamente desiste.
Como podem os clientes da Caixa em particular e os cidadãos em geral depositar um mínimo de confiança em pessoas que aparentam gerir melhor a sua imagem que a das empresas/instituições que deviam servir?

Se acreditasse que foram questões de ordem ética que levaram o governo de José Socrates a proceder a esta mudança, perguntaria: Porque não mudar a totalidade dos administradores que colaboraram ou aceitaram aquela prática?

Será que para esta mini remodelação pesou a contabilização dos custos com as indemnizações a pagar (os últimos números adiantados apontam para a módica quantia de dois milhões de euros)? Tudo indica que sim, porque à controversa manutenção da ex-ministra Celeste Cardona juntou-se a nomeação do ex-secretário de estado Armando Vara (como já era Director o custo será menor...)?

Tanto quanto no mundo da política, também no da finança tem que se aplicar a máxima: “À mulher de César não basta ser séria, tem que o parecer...”

2 comentários:

Carlos Gil disse...

E, com muita pena, eu não pude estar lá e dar-lhe o meu abraço amigo. Porque o Chona é uma das minhas referências nesta eterna luta pela Kultura na província. Porque o Chona é uma das mais fortes razões que me leva a gostar de teatro, com ele aprendi-o, com ele aprendi como ele é belo e até é simples, basta querer e amá-lo.

Carlos Gil disse...

... e já me enganei a meter o comentário! lol