segunda-feira, 1 de agosto de 2005

LIBERDADE DE IMPRENSA, LIBERDADE... LIBERDADES!

Acabei de ler um artigo de opinião no Diário de Notícias de hoje sobre a prisão da jornalista norte-americana Judith Miller.

Independentemente da opinião sobre a justeza da sua decisão – ocultação da fonte de uma notícia reveladora da identidade de um agente da CIA (por acaso a mulher do diplomata norte americano Joseph Wilson que dias antes tinha publicado um artigo demolidor para as pretensões belicistas de Jorge W. Bush que a própria Judith ajudou a fundamentar e difundir) – fica claramente incompreensível a ordem de detenção por parte de um órgão de soberania de um estado que persiste em desrespeitar a legalidade internacional representada pelo Tribunal Penal Internacional.

Com que legalidade pode qualquer estado colocar-se acima da lei geral? Pior ainda quando esse é o estado que pretende apresentar-se como referência global e estado-polícia de todos e cada um de nós.

Que cumplicidades têm permitido aos EUA persistir na prática de uma política internacional baseada nas mais primária das concepções: quem não está comigo está contra mim!

Mesmo correndo o risco de me julgarem petulante, creio que a resposta reside no silêncio de todos nós... Cada vez revela maior acuidade o velho ditado: QUEM CALA CONSENTE!

Até quando se manterão silenciosas as nossas consciências?

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