Segundo o Expresso on-line, Donald Rumsfeld, secretário de estado norte americano da defesa (cargo equivalente ao nosso ministro da defesa) admite que o exército americano enfrenta o grave dilema de manter uma força militar em território estrangeiro tentando que a mesma não pareça uma força de ocupação.
Fruto de uma intervenção militar no Iraque, sem sancionamento da comunidade internacional, contestada em praticamente todo o mundo árabe e alvo de sérias reservas de boa parte da Comunidade Europeia, os EUA enfrentam as dificuldades resultantes de uma política internacional irreflectida, alimentada pelos “falcões” e alicerçada numa separação entre forças do bem e do mal.
Como pode um estado, a pretexto da necessidade de impedir a outro a utilização de armas de destruição massiva (cuja existência prática nunca foi provada) proceder à sua ocupação e esperar que a respectiva população acolha as forças de ocupação como se de salvadores se tratassem.
Perante um cenário idêntico – intervenção no Vietname – a administração americana da época procurou sair de forma airosa do pântano em que convertera o sudoeste asiático fazendo eleger um governo local favorável aos seus interesses e pretensões. Tudo indica que irá tentar a mesma estratégia no Iraque actual embora a realidade indicie que cada vez mais as “ovelhas” já aprenderam a reconhecer os lobos, mesmo os melhor disfarçados...
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