segunda-feira, 15 de agosto de 2005

SECA, INCÊNDIOS; CALOR…

Um país que vive uma das piores secas dos últimos 25 anos, que vê sua área florestal arder anualmente e cujas temperaturas médias continuam a subir, persiste sem procurar soluções que, no dia a dia, criem novos hábitos de vivência com estes fenómenos.

Se não há dinheiro para equipar condignamente as corporações de bombeiros, nem meios para provocar “chuvas artificiais”, há seguramente práticas que ajudem a minorar os efeitos da seca. Sejam ao nível da poupança de água para abastecimento das populações, seja para a produção de energia eléctrica.

Municípios houve que numa tentativa de reduzirem gastos, e talvez como forma de exemplo, decidiram encerrar as piscinas municipais, mas na prática pouco mais se ouviu neste capítulo além de umas campanhas publicitárias da Comissão para a Seca2005 (se não me tivessem enviado um postal nem saberia que existia uma comissão para semelhante problema). O governo avançou com um projecto de construção de um parque eólico, para produção de energia eléctrica, mas isso ainda vai levar tempo a produzir efeitos.

Mesmo não se tratando de grandes iniciativas, parece-me que o que todos precisamos são de acções que sintamos úteis e passíveis de aplicação no imediato. Estou-me a lembrar de uma iniciativa do governo nipónico que há coisa de um mês ou dois, propôs aos patrões e directores de empresas que incentivassem, ou pelo menos não contrariassem, os seus empregados a aliviar o vestuário como forma de permitir uma redução de 2 ou 3 graus na regulação dos sistemas de ar condicionado; esperava o dito governo alcançar uma poupança significativa no consumo de energia eléctrica.

É óbvio que estou a falar de um país que tem graves carências energéticas e um ainda maior deficit orçamental; nós não, por isso, se algum dos nossos governantes ler o que acabei de escrever vai é pensar que o que eu quero é apenas ir trabalhar sem gravata!

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