domingo, 14 de agosto de 2005

AFINAL ESTUDO CITADO PELO MINISTRO É CONTRA A OTA

Este título inserido na página de abertura do portal IOL, levou-me, curioso, a ler o que se segue:

Estudo citado pelo ministro
Afinal relatório diz que Ota é «negativa»
A construção do novo aeroporto da região de Lisboa, na Ota, «terá impactos negativos significativos, fundamentalmente devido à destruição de habitats». A Ota «implicará a destruição de corredores ecológicos existentes» e «acarretará ruído além do legal». A «acessibilidade da procura lisboeta de transporte aéreo irá piorar» e «o município de Lisboa poderá perder receitas em consequência da quebra populacional e da relocalização de empresas para outros concelhos da região».
Estes e outros conceitos, citados pelo «Diário de Notícias», não são retirados de nenhum relatório mandado realizar pela oposição à localização do novo aeroporto preferida pelo actual Governo. Consta, isso sim, do estudo preliminar de impacto ambiental elaborado pelo NAER (Novo Aeroporto) e ontem referido pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, na defesa que expôs da localização referida.
Mas nem o ministro nem a oposição citam dois relatórios, também conhecidos em 1999, que só vieram à luz do dia por via da investigação jornalística. Os relatórios da British Air Authority (BAA) e do Manchester Airport, eram do conhecimento das autoridades aeroportuárias e políticas desde Julho desse ano mas só viram parcialmente a luz do dia nas páginas dos jornais em Novembro do mesmo ano. Desses relatórios inferia-se que a Portela teria capacidade, se devidamente remodelada, para 21 milhões de passageiros por ano, uma barreira que não deveria, segundo estimativas da época, ser ultrapassada antes de 2020.
Os relatórios aconselhavam a «desenvolver as instalações existentes até ao limite da sua capacidade» e afirmavam a «operacionalidade garantida até 2020». Não consideravam necessária a construção de outra pista e diziam que quer a Ota quer Rio Frio eram hipóteses mais caras que a ampliação da Portela.
O relatório de Manchester assinalava, já na altura, a necessidade de ampliar a rede do Metropolitano de modo a que esta servisse o aeroporto actual.

Quando é que os nossos políticos aprenderão que mais depressa se apanha um político mentiroso que um cidadão coxo?

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