Já aqui referi em algumas ocasiões a manifesta incapacidade dos governantes que temos conhecido agirem no sentido do bem comum. Citar esses casos seria um exercício fastidioso, mas qualquer um de nós rapidamente recordará múltiplos exemplos.
Vem esta introdução a propósito de um artigo de Gustavo Cardoso (professor do ISCTE) hoje inserto no DIÁRIO DE NOTÍCIAS, que muito a propósito intitulou de «O ESTRANHO CASO DAS NOTAS DE UM EURO» e cuja leitura recomendo vivamente.
Em poucas palavras (muito menos que as que eu gastaria para o mesmo efeito) explica o fenómeno que todos bem sentimos nas nossas “carteiras” quando vimos substituído o escudo pelo euro e «...em Portugal preços de cem escudos converteram-se em preços de um euro, em Espanha preços de 500 pesetas converteram-se em preços de cinco euros e em Itália cinco mil liras em cinco euros.
As implicações dessa evolução, não reflectida nas taxas de inflação de alguns países europeus, são óbvias e negativas para todos, excepto para os que comercializavam produtos em que o aumento ocorreu. Para os cidadãos uma menor actualização salarial, para o Estado menores receitas de impostos sobre vastos sectores da economia (que terão declarado valores abaixo do real)...».
O artigo pecará apenas por não referir de forma ainda mais clara e expressiva que o erro não terá estado na criação de uma moeda única (passo importante para constituição de um verdadeiro mercado integrado), mas sim na forma como a generalidade dos membros dos governos dos países da Europa do Sul prefere sobrelevar os seus interesses económicos e sociais em prejuízo dos da generalidade das populações.
1 comentário:
Gustavo Cardoso, esse icon do ensino do iscte... Só é pena enganar-se a fazer as medias para as notas finais xD
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