quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

SERÁ DESTA?

Raramente aqui tenho abordado questões do futebol nacional, tanto quanto a memória me ajuda apenas uma vez aqui referi um caso que ele tivesse relação a propósito da candidatura de Ferreira Torres à Câmara de Amarante e sobre o caso «APITO DOURADO», porém acontecimentos recentes começaram a justificar a recolha de “material” para um futuro “post” que a nomeação hoje feita pelo PGR, Pinto Monteiro, tornou ainda mais urgente.

Anunciada pelo próprio como a sua primeira escolha, foi hoje tornada pública a nomeação de Maria José Morgado para a coordenação dos processos relacionados com o processo «APITO DOURADO».


A razão para o ânimo que me levou a escolher o título deste “post” é o reconhecido historial de empenhamento e luta que a procuradora Maria José Morgado apresenta e que se tornou mediaticamente mais conhecido após a sua saída da chefia da Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira da Polícia Judiciária. Desde então não haverá neste país que não associe de pronto ao seu nome a ideia de efectivo combate a “comportamentos desviantes” como o da corrupção.


Mesmo tratando-se de um processo complicado e que mais do que envolver altas figuras da política ou da sociedade, envolve interesses do mundo do futebol, o que entre nós significa mexer com “paixões maiores que a própria vida”. No mundo do irracional, que é aquilo em que há muito tempo se transformou o futebol e todo o enorme negócio que o rodeia, tudo se pode esperar que aconteça, mas sinceramente creio que com uma personalidade como a da Maria José Morgado talvez possamos esperar que algo mais aconteça que o simples desfilar dos dias até ao arquivamento dos processos ou a julgamentos com asseguradas sentenças de absolvição.


Com esta nomeação o novo Procurador-Geral da República parece querer “mostrar serviço” e nesse capítulo que se cuidem os Valentim Loureiro, os Pinto da Costa e demais figuras que enxameando os meandros do futebol têm usado e abusado da estreiteza de vistas daqueles que não vislumbram além das “cores” (ou não querem porque também têm tido muito a ganhar com essa “miopia” colectiva) porque os ventos parecem começar a ser de mudança…

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