sexta-feira, 2 de julho de 2010

BOMBA (LITERALMENTE) ECOLÓGICA...

Mais de dois meses volvidos sobre a explosão de uma plataforma petrolífera no Golfo do México e perante a incapacidade da petrolífera que explorava o poço – a BP – para estancar a fuga de crude, eis que começam a circular informações que aquela empresa terá levado a perfuração além dos 30.000 pés (mais de 9 km) para atingir uma bolsa de petróleo de origem inorgânica[1], que pela sua dimensão e pela pressão que se faz sentir àquela profundidade poderá determinar que a fuga se prolongue por meses ou mesmo anos.

Transformada numa verdadeira bomba ecológica, a fuga persiste sem fim à vista enquanto os responsáveis políticos (a administração americana) e os responsáveis técnicos (a BP) se desdobram em promessas e declarações de nulo efeito prático.

Segundo o jornalista americano Wayne Madsen[2], a Casa Branca e a BP têm trabalhado em conjunto para ocultar estes factos e a dimensão da catástrofe; outros especialistas, como Vladimir Kutcherov, professor no Real Instituto de Tecnologia da Suécia, citado na página ALTERINFO, admitem que pela sua dimensão vulcânica e pela inexistência de tecnologia humana capaz de conter a fuga, esta poderá necessitar do recurso a uma explosão nuclear para lhe por cobro.


[1] O conceito de petróleo inorgânico assenta no princípio da existência de crude originado processos não biológicos, o que contradiz a visão tradicional de que o petróleo seria um "combustível fóssil", produzido a partir dos restos de antigos organismos.

[2] Wayne Madsen é um conhecido jornalista de investigação e autor do blog «Wayne Madsen Report», apelidado pelos críticos de teórico de conspirações.

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