Perante isto não será de estranhar, como refere a própria notícia, que aquela foi «uma tarde sombria» e, pior terá sido, quando o antigo ministro das finanças do primeiro governo de José Sócrates defendeu a contabilização do voto em branco, gerando assim assembleias com um número variável de deputados.
Não será pois de estranhar que, como sugere o título da notícia, a proposta tenha “gelado” o PSD… e que o mesmo, diga-se, terá feito aos leitores dos outros quadrantes políticos.
Mesmo em tom brejeiro (e particularmente adequado à época estival) apetece-me deixar aqui algumas interrogações:
Porque é que estas individualidades raramente expressam ideias destas durante as suas passagens pelo poder?
Porque é que ideias destas (e tantas outras) que regularmente são recolhidas em reuniões de idênticas características ou expressas em artigos de opinião em jornais e na Internet, pela sua relevância não ganham foros de aplicação?
Como a época é particularmente propícia ao remanso e ao descanso aqui deixo de imediato a resposta: porque aquele tipo de ideias são geralmente pouco agradáveis – quando não profundamente lesivas – dos interesses do poder e dos sectores que o apoiam e portanto destinadas apenas ao folclore político.
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