terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

PORTUGUESES ENTRE OS MAIS POBRES DA UNIÃO EUROPEIA

Foi com este título que o PUBLICO hoje noticiou os resultados do último estudo apresentado pelo EUROSTAT sobre a distribuição da riqueza entre os países membros e do qual conclui que «…20 por cento dos portugueses viviam em 2004 abaixo do limiar de pobreza - fixado em 60 por cento do rendimento médio nacional depois de incluídas as ajudas sociais - contra uma média comunitária de 16 por cento.

Entre os Vinte e Sete países da União Europeia (UE), apenas a Polónia e a Lituânia estavam em pior situação, com 21 por cento de pobres. Estes são, no entanto, países com níveis de riqueza particularmente baixos: o produto interno bruto (PIB) por habitante da Polónia ascendia no mesmo ano a 50,7 por cento da média comunitária e o da Lituânia a 51,1 por cento. Em Portugal, o PIB por habitante representava na mesma altura, 74,8 por cento da UE

Concretamente a Nota de Imprensa publicada pelo EUROSTAT reza assim:

«O PIB por habitante em 2004 variou de 24% da média EU27 no Nordeste da Roménia até 303%, na região Londres Centro.

Uma em cada 6 regiões tem um rendimento superior a 125% da média EU27…

As três regiões líderes na classificação regional do PIB por habitante foram Londres Centro, no Reino Unido (com 303% acima da média), o Luxemburgo (251%) e Bruxelas na Bélgica (248%). Na distribuição por países das 46 regiões que excederam os 125% a Alemanha e o Reino Unido apresentam 8, a Itália 7, a Holanda 5, a Áustria 4, a Bélgica e a Espanha 3, a Finlândia 2 e a República Checa, a Irlanda, a França, a Eslováquia, a Suécia e o Luxemburgo 1 cada.

...e uma em cada 4 tem um rendimento inferior a 75% da média.

As 15 últimas regiões da classificação estão todas na Bulgária, Polónia e Roménia, com o pior resultado na região Nordeste da Roménia (24% da média), seguida por três regiões búlgaras, todas com 26%. Entre as 70 regiões abaixo do nível dos 75%, 15 localizam-se na Polónia, 8 na Grécia e na Roménia, 7 na República Checa, 6 na Bulgária e na Hungria, 4 em França (todos nos departamentos ultramarinos), Itália e Portugal, 3 na Eslováquia e 1 em Espanha, na Estónia, na Letónia, na Lituânia e em Malta» (tradução livre).

Como com o mal dos outros podemos nós bem, constata-se em termos práticos, pelos dados apresentados (que aqui resumo na parte respeitante ao nosso país),

que no global nos encontramos abaixo do limiar dos 75% da média e que a região da Madeira apresenta um rendimento em termos de paridade de poder de compra (PPC) que em termos nacionais apenas é ultrapassado pela região de Lisboa e Vale do Tejo.

Pelos vistos parece que os nossos governantes persistem em atirar-nos poeira para os olhos: nem estamos tão bem como apregoa o governo de José Sócrates, nem Alberto João Jardim tem a mínima razão para reclamar mais dinheiro ao orçamento do estado (ou seja ao bolso de todos nós) para continuar a esbanjar em “obras de regime” e na criação de postos de trabalho que de quatro em quatro anos se convertam nos votos que o têm perpetuado no poder.

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