terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

NOTÍCIAS DO CARNAVAL DO JARDIM

O chefe do governo regional da madeira decidiu demitir-se em protesto contra a nova lei das finanças regionais. Segundo o DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA, Alberto João Jardim proferiu ontem uma «…declaração de oito páginas, lida em pouco mais de dez minutos e sem direito a perguntas…» para informar os madeirenses, o país e o mundo da sua decisão.

Sem dinheiro fresco, porque o novo quadro legal reduz as verbas a atribuir à Região da Madeira, numa época em que também os fundos comunitários da União Europeia sofrerão um corte em virtude do rendimento da região já ter ultrapassado a média comunitária, recusa-se a continuar a governar a ilha; mas na mesma oportunidade em que fundamentou e tornou pública esta decisão, anunciou que se vai recandidatar nas próximas eleições.

Então em que ficamos, o dinheiro chega ou não?

Em plena época carnavalesca o que é que se podia esperar do "bobo-mor", que entre insultos disparados à esquerda e à direita sempre foi deixando escapar que seria de esperar maior solidariedade (leia-se mais milhões para esbanjar) do governo central, neste momento de aperto (redução dos fundos comunitários) que se aproxima?

Na ausência de melhor cartaz turístico para a ilha porque não prolongar o Carnaval até lá para Junho?

Mas se o que o está em causa são os cortes orçamentais decididos pelo governo de José Sócrates, Alberto João não está a depauperar ainda mais os fundos da região para financiar um acto eleitoral de que apenas ele necessita?

As respostas a estas questões deveriam ser dadas pelos eleitores madeirenses no próximo sufrágio, porém todos bem conhecemos a forma como tem funcionado o “carnaval eleitoral madeirense” e, se preciso for, lá voltaremos o ver o inefável Alberto João montado num elefante, ou noutro qualquer animal exótico…

Seguro é que, como hoje escreveu o
DN no seu editorial, tudo o que realmente preocupa Alberto João Jardim é garantir «…um sistema em que o dinheiro de Lisboa é fundamental para manter um sistema fechado, em que o poder é unipessoal e toda a vida de toda a gente depende, em qualquer medida, do Estado».

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