segunda-feira, 11 de setembro de 2006

NINE ELEVEN - PARTE II

O QUE VIMOS NO DIA 11 DE SETEMBRO DE 2001

Demonstradas as mentiras em torno do atentado ao Pentágono porque não verificar as condições de ocorrência dos ataques ao World Trade Center?

Se parece não existirem dúvidas sobre o tipo de aeronave que o atingiu, já o desenrolar e conclusão da acção levanta dúvidas. O embate de aeronaves com arranha-céus não constitui, infelizmente, facto inédito, este foi porém o único do qual resultou a total destruição dos edifícios.

Inicialmente explicada pelo facto dos incêndios gerados ter provocado uma debilitação catastrófica da respectiva estrutura, esta tese viria a ser contestada por análises posteriores às imagens da queda das torres, aos materiais utilizados na construção e à derrocada de um terceiro edifício do complexo algumas horas depois. Um director de projecto do World Trade Center declararia algum tempo depois que os edifícios foram planeados e construídos para resistir a impactos daquela natureza.

Investigações posteriormente desenvolvidas sobre a derrocada das torres do World Trade Center podem ser resumidas da seguinte forma:

  1. a temperatura que o incêndio teria atingido (a temperatura de um fogo alimentado por hidrocarbonetos atinge cerca de 1.000ºC) é insuficiente para provocar a fusão do aço, que apenas o corre a uma temperatura de 1.600ºC; o metal utilizado naqueles edifícios foi testado e aprovado para resistir a temperaturas de aproximadamente 1.100ºC durante seis horas;
  2. como sabemos as torres ruíram muito antes de concluído esse tempo; a própria forma como a derrocada se registou em nada se assemelhou ao que seria expectável, se a sua estrutura tivesse cedido ao efeito do calor deveríamos ter assistido a uma derrocada lenta dos andares acima do fogo e nunca à totalidade do edifício e de uma forma tão abrupta;
  3. a apocalítica imagem da queda das torres apenas parece explicável por um processo de implosão, o que só seria possível mediante uma destruição planeada e executada por especialistas. Comprovando esta hipótese, semanas depois foram encontradas manchas de metal fundido nos níveis abaixo do solo que em momento algum foram atingidos pelo fogo;
  4. por último temos a estranha derrocada doutro edifício do complexo (uma torre com 47 andares) que não foi atingida por qualquer avião, nem apresentou sinais de qualquer incêndio prévio;

A todas estas dúvidas há ainda que acrescentar a muito pouco plausível tese sobre a queda do avião que se dirigiria para a Casa Branca. Conhecido como o voo 93, este aparelho terá caído na Pensilvânia por acção heróica dos seus passageiros que impediram os “terroristas” de alcançar o objectivo. Há muito duvidosa tese da revolta dos passageiros (fazendo fé no conteúdo atemorizado das gravações dos telefonemas por eles efectuados) acresce o facto do local mostrado à imprensa não revelar o aspecto normal resultante da queda de uma aeronave daquelas características (os destroços estão demasiado fragmentados e carbonizados).

Por todas estas razões muitas são as pessoas (caso do multimilionário americano, Jimmy Walter, que mantém em vigor um prémio de um milhão de dólares a que demonstre cientificamente a versão oficial do desmoronamento do World Trade Center) e os grupos que mantém um importante processo de investigação sobre os acontecimentos; nos próprios EUA muitos são os sítios na Internet consagrados a este tema (verdade seja dita que vários acontecimentos na história americana recente se têm revelado envoltos em enormes polémicas, caso dos assassinatos de John F Kennedy, Malcom X e Robert Kennedy); entre outros e enquanto fonte complementar de informação aconselho a consulta de: 911TRUTH.ORG e REOPEN911.ORG.

AS LIGAÇÕES ENTRE OS EUA E OS “TERRORISTAS”

Se estes factos apontam para a evidência das mentiras propaladas pela administração de George W Bush, que dizer de outras como:

  • a descoberta de um passaporte quase intacto em nome de um dos “terroristas” (que repito não consta na lista de passageiros);
  • a posterior confirmação de que alguns dos alegados “terroristas” se encontravam vivos e a desenvolver as suas normais ocupações;
  • a página do FBI sobre Bin Laden que não inclui a acusação de envolvimento no 11 de Setembro, situação que aquela agência oficial justifica por não dispor de provas suficientes para tal;

Estas e muitas outras questões têm sido tratadas pelos defensores das teses oficiais como mais uma “teoria da conspiração”, mas o facto é que não param de surgir novas questões e potenciais ligações entre a administração Bush (recorde-se a tese adiantada pelo escritor e cineasta norte-americano, Michael Moore, no seu filme Fahrenheit 9/11, sobre as ligações económicas entre as famílias Bush e Bin Laden), o grupo dos neoconservadores, integrado por actuais e anteriores membros daquela administração, e agências oficiais norte-americanas, como a CIA.

A chamada de Bin Laden à primeira linha dos “terroristas” é por si só uma forte prova, uma vez que as suas ligações à CIA estão sobejamente documentadas desde os tempos em que este participou na luta dos afegãos contra a invasão soviética daquele território. Segundo um artigo recentemente publicado por Michel Chossudovsky, nas vésperas do próprio 11 de Setembro Bin Laden, então já procurado pela justiça americana, encontrava-se hospitalizado numa base militar em Rawalpindi, no Paquistão, para receber tratamento hepático; a sua presença naquele local, sob protecção do exército paquistanês (a cujos altos comandos são conhecidas fortes ligações ao Pentágono) e do ISI (o serviço secreto paquistanês, há muito dado como estreitamente ligado à CIA) é apenas mais um indício de que a sua actuação poderá estar a ser orquestrada a partir de território norte-americano.

A IMPORTÂNCIA DO 11 DE SETEMBRO

Com todos os indícios a apontarem para a existência de um nível de planeamento bem diverso do grupo de Bin Laden e com evidentes cumplicidades na administração norte-americana, torna-se premente a necessidade de o porquê da concretização do ataque ao World Trade Center.

Que em diferentes momentos da sua história sucessivos governos americanos, ou altos responsáveis de agências dele dependentes, ponderaram a simulação de atentados para justificarem acções militares são factos publicamente conhecidos e amplamente documentados. Assim, não deverá merecer particular estranheza que também este o possa ter sido, tanto mais que o número de baixas registado não parece tão importante quando se constata que este não representa mais de 0,001% da sua população actual e as vantagens a retirar podem ser significativamente recompensadoras.

De imediato o governo de George W Bush registou um apoio massivo da população e de quase todos os países mundiais, facto que lhe permitiu endurecer as suas estratégias quer a nível interno quer externo.

A nível interno assistimos à proclamação de várias medidas legislativas fortemente limitadoras de direitos, garantias e liberdades dos cidadãos, as quais estão na origem de actos tão condenáveis quanto prisões arbitrárias e à ampliação de processos e métodos de espionagem interna (exemplos, a concentração de poderes na Casa Branca, a redução da capacidade interventiva e fiscalizadora do Congresso, o caso das escutas telefónicas sem mandato judicial e a criação de uma rede de instalações prisionais fora do território americano destinadas ao interrogatório de presumíveis terroristas) e à própria reeleição de George W Bush, enquanto a nível externo tornou justificável a invasão do Afeganistão, sob pretexto de capturar Bin Laden e com o apoio da ONU, e à substituição de um regime político que se opunha à instalação de um importante pipeline na região. O aparente sucesso deste primeiro passo (apesar de Bin Laden jamais ter sido capturado) rapidamente originou um segundo.

Sempre com a justificação da «guerra contra o terror» Bush e a sua equipa (talvez fosse mais correcto escrever os neoconservadores e a equipa de Bush) passaram a fixar como alvo o Iraque de Saddam Hussein. Acusado de todos os malefícios e barbaridades (até a de dispor de armas de destruição em massa que nunca viriam a se localizadas) rapidamente os EUA partiram para uma nova invasão, desta vez sem o apoio da comunidade internacional, a qual continua a fomentar um clima de crescente instabilidade na região do Médio Oriente.

Esta estratégia belicista norte-americana esteve seguramente na génese do recente conflito entre Israel e o Hezbollah, do qual resultou nova destruição parcial do território do Líbano. Mantendo sob mira e pressão os governos da Síria e do Irão (que mantém em aberto um outro diferendo a propósito do seu programa de produção de energia nuclear), o governo americano continua a assegurar um clima de instabilidade geopolítica que lhe é particularmente favorável.

Após a queda em 9 de Novembro de 1989 do Muro de Berlim e do posterior desagregamento da União Soviética, os EUA estavam a encontrar crescentes dificuldades na gestão de uma situação sem um inimigo visível.

CONTINUAM AS CONTRADIÇÕES E AS DÚVIDAS

Do que anteriormente deixei dito não se conclua que a situação mundial se encontra hoje mais estável que há cinco anos, bem pelo contrário.

Em 2001 os EUA debatiam-se com a dificuldade de fazer prevalecer as suas teses hegemónicas a muitos dos seus parceiros mundiais, hoje continuam a debater-se com algumas dificuldades, mas a ameaça do “terrorismo” parece revelar-se suficiente para que muitos destes parceiros abdiquem de alguma da sua resistência. Assim começa a chegar o momento de analisar e reflectir sobre a oportunidade das outras acções “terroristas” posteriormente registadas.

O atentado perpetrado nas vésperas de importantes eleições gerais em Espanha poderia ter determinado uma vitória do PP de Aznar (apoiante desde a primeira hora das invasões do Afeganistão e do Iraque e indispensável à administração Bush uma vez que eram amplamente conhecidas as posições anti-guerra do seu principal oponente, o socialista José Luís Zapatero) caso os eleitores tivessem acreditado na tese prontamente divulgada pelo governo de que o atentado era da autoria da ETA.

Demorou pouco mais que um ano até à realização de nova acção. Desta vez o local foi Londres num momento em que crescia a contestação ao apoio de Blair aos EUA e sobre a data da abertura de uma importante reunião do G8, que na Escócia iria debater a possibilidade de um perdão da dívida externa africana. Novamente voltámos a assistir ao mesmo tipo de “modus operandi” e ao mesmo tipo de resultados: o endurecimento das políticas securitárias, a redução das liberdades individuais e o aumento da popularidade interna de Blair.

Após o atentado ocorrido este ano em Bombaim, cujos autores indiciados apresentam fortes ligações directas ao ISI paquistanês e indirectas à CIA, a estratégia das acções seguintes sofreu uma notável inflexão. Agora as agências de informação e segurança começaram a emitir avisos preventivos de ataques terroristas (o melhor exemplo são os acontecimentos deste Verão em Londres), traduzidos na instalação de grandes aparatos policial e securitários no sentido de manter elevados os níveis mundiais de insegurança.

Nesta mesma linha de actuação – restrição às liberdades e à livre circulação e comércio – se pode entender a recusa decidida pelo Congresso norte-americano de ratificar um acordo comercial entre uma empresa inglesa e a outra do Dubai, segundo o qual esta passaria a deter os contratos de gestão do tráfego dos principais portos marítimos norte-americanos.

Paralelamente com uma criteriosa selecção do “timing” dos atentados, também a cada vez mais regular emissão de comunicados da Al-Qaeda e apresentação de vídeos de Bin Laden parece mais ajustada para manter em níveis elevados o clima de medo e justificar as iniciativas dos governos ocidentais mais empenhados na «guerra contra o terror» do que para cumprir uma agenda de confronto e destruição da civilização ocidental, como pretende George W Bush.

[i] Importa não esquecer toda a polémica que envolveu o processo eleitoral norte-americano em 2001, da qual resultou o facto de George W Bush ter sido nomeado presidente pelo Supremo Tribunal de Justiça, cujos membros tinham sido maioritariamente nomeados pelo pai, George Bush, quando presidente dos EUA.


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