Cumpre-se hoje mais uma lamentável efeméride.
Á forma objectiva usada por Medeiros Ferreira num artigo do DN, quando lembra que «Há quatro anos, quatro figuras contavam sobretudo com a força militar norte-americana para uma resolução rápida da invasão do Iraque: Bush e Blair, Aznar e Durão Barroso. Bush e Blair por acreditarem nas suas próprias forças, os dois políticos ibéricos por desconhecerem a resistência ao poder dos outros. Quatro aventureiros que colocaram os EUA num beco sem saída e se vão esgueirando como podem da patética fotografia. Até aqui, o que saiu melhor de cena ainda foi o português. A fidelidade ao erro levou-o a presidente da Comissão Europeia pela mão de Blair, agora de malas aviadas não se sabe bem para onde» prefiro outra citação, mais poética e emotiva, proferida por Naïm Al-Chatri (transcrita há dias no COURRIER INTERNATIONAL), um dos livreiros da rua Al-Mutanabi (em homenagem ao famoso poeta da época abássida) transformada em ponto de reunião dos intelectuais em Bagdad, que entre lágrimas comentava um atentado à bomba ali ocorrido no início deste mês «estes criminosos fazem pouco caso da vida dos inocentes, mas atacar os livros é pior que atacar os homens, porque os homens são mortais enquanto os livros são eternos» …«Já assassinaram estudantes nas universidades e agora assassinam os livros…»
Sobre o crime que tem sido esta guerra muito poderia ser hoje dito, mas quase tudo o que aqui, aqui e aqui escrevi, há um ano, mantém-se válido. INFELIZMENTE!
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