sexta-feira, 16 de setembro de 2005

SURREALISMO À PORTUGUESA

O candidato presidencial que ainda não o é, mas que conta e já lidera todas as sondagens, já tem director de campanha.

Esta notícia, se conhecesse eco na imprensa internacional, seria seguramente alvo de chacota mundial. Se não vejamos: alguém que há muito tempo é apresentado como candidato presidencial, que continua a manter o seu “tabu” (não sei se é o mesmo de há 10 anos ou outro) dispõe já da personagem que vai liderar a campanha que talvez venha a ser feita.

Falando a sério, a personalidade escolhida – Alexandre Relvas – é um dos “jovens turcos” do PSD, foi secretário de estado durante o governo de Cavaco Silva, é gestor reputado e uma óbvia esperança, a par com António Borges, para a renovação daquele partido (isto para os que acreditarem que os partidos, da forma como os conhecemos, ainda têm esperança de renovação) e poderá ser uma real mais valia, porém como levar a sério toda esta encenação? Como acreditar nas “superiores capacidades” de quem insiste em se fazer passar pelo “desejado”?

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