quinta-feira, 29 de setembro de 2005

ESTAMOS A RECUPERAR…

Notícias recentes contribuíram para a recuperação da confiança nacional. Agora os nossos políticos já não se podem continuar a queixar.

O Diário de Notícias escrevia hoje assim: «Portugal subiu dois lugares no ranking global da competitividade elaborado pelo Fórum Económico Mundial, passando da 24.ª posição para o 22.º lugar. O Global Competitiveness Report 2005-2006, ontem divulgado, situa Portugal à frente de países como a Irlanda, França, Espanha (caiu seis posições), Grécia, Bélgica e Itália, numa classificação liderada pela Finlândia num total de 117 países

Noutro lugar, o mesmo jornal, informava que nos Estados Unidos o líder da maioria parlamentar, o republicano Tom Delay, foi, após três anos de investigações, acusado de cumplicidade num esquema de financiamento ilegal.

As duas notícias em conjunto vêm demonstrar que final os políticos que nos têm governado sempre escolheram as melhores opções – nós é que eternamente ingratos e sempre descrentes continuamos a apenas querer ver o muito pouco que, pobres coitados, possam ter feito em benefício próprio - e que o nosso país ombreia com os melhores do mundo.

Senão vejamos:
  • em matéria de competitividade pedimos meças a muitos dos nossos parceiros comunitários, porque mesmo auferindo rendimentos inferiores a metade (e menos) dos deles, fomos escolhidos por um painel de reputados líderes industriais como altamente competitivos;
  • no que respeita a modernidade nas técnicas de gestão também podemos pedir comparação aos melhores, porque cá, como lá (EUA) os políticos também revelam capacidade para “descobrir” formas sempre inovadoras para a obtenção de fundos.
Diz o Fórum Económico Mundial que não fossem as situações penalizadores resultantes das irregularidades no processo de cobrança de impostos, das questões com os direitos de propriedade e os favoritismos das decisões governamentais, a nossa classificação seria bem melhor.

A acreditar neste estudo os Portugueses terão de ter muito cuidado e continuar a eleger os piores entre os piores, porque se o continuarmos a fazer durante muito tempo talvez possamos almejar o primeiro lugar.

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