Qualquer que fosse o resultado das eleições presidenciais brasileiras, com a sucessão de Lula da Silva ficará esclarecido em que medida o sucesso do país e, principalmente, a sua crescente ascensão no plano internacional se ficou a dever ao papel deste homem.
Ex-operário e sindicalista, fundador do PT (Partido dos Trabalhadores) é o recordista de candidaturas à presidência (seis vezes) que acabou por conquistar em finais de 2002.
Se mais não for, Lula da Silva ficará para a história pela sua perseverança e pela forma empenhada como sempre entendeu marcar a sua participação na vida política brasileira. Depois de ter sido um dos fundadors do movimento que levou à criação do Fórum de S.Paulo (movimento que visava discutir alternativas às políticas neoliberais dominantes na América Latina da década de 1990 e promover a integração económica, política e cultural da região) e de se tornar um participante regular no Fórum Social Mundial (iniciativa destinada a contrabalançar o Fórum Económico Mundial de Davos), acabou por ser reconhecido em 2009 como o «Homem do Ano», pelos jornais Le Monde e El País e por integrar em 2010 o Fórum de Davos que lhe atribuiu o título de «Estadista Global».
Mesmo não havendo insubstituíveis, é certo que Lula da Silva colocou a fasquia bem alta para o seu sucessor.
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