Depois do ocorrido em 2007, ano que os fogos consumiram mais de 25 mil hectares e fizeram 77 mortos, volta a repetir-se a situação com «Atenas ameaçada pelas chamas» e a ter-se notícias de que os «Incêndios ameaçam Atenas e obrigam à fuga de 20 mil pessoas» que dão bem conta da dimensão da tragédia humana, já que os prejuízos materiais resultantes dos cercas de 20 mil hectares ardidos e das habitações destruídas (cujo número ainda está por apurar) ficará para a fase seguinte ao rescaldo.
De diferente apenas merecerá referência o facto de o governo grego rapidamente ter solicitado auxílio aos parceiros comunitários, opção que parece já estar a produzir efeitos, pois além de se saber que «Ajuda internacional trava fogos próximos de Atenas», as últimas notícias davam já os «Incêndios circunscritos na região de Atenas».
Se foi importante a participação de meios disponibilizados pela Áustria, França, Itália, Espanha, Chipre e Turquia e este pode até ser um bom indicador da capacidade de mobilização de meios de auxílio em situações de catástrofe, já parece bem mais difícil de explicar como um catástrofe idêntica à ocorrida em 2007 se repete, salvo pelo facto dos responsáveis gregos pouco ou nada terem aprendido com o que então ocorreu.
Óptimo seria se tal não tivesse ocorrido e nós, portugueses, pudéssemos apresentar como modelo a actuação dos responsáveis nacionais que após anos de incúria e inacção tivessem passado a encarar o fenómeno dos incêndios florestais como se catástrofes pessoais se tratassem e além das melhorias introduzidas no sistemas de detecção e combate aos incêndios florestais, tivessem investido numa política de requalificação e reflorestação do território.
Sonhar não custa... o que custa é acordar para a dura realidade!
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