quinta-feira, 26 de março de 2009

SNS – SALVEM A NOSSA SAÚDE

A TSF, quando se assinalam os 30 anos do Serviço Nacional de Saúde, deu hoje voz àquele que justamente é considerado o seu “pai” – António Arnaut – que referiu coisas tão importantes mas tantas vezes escamoteadas; como:

«Com a penetração do sector privado verifica-se uma certa degradação do sector público. As pessoas se não são bem atendidas no sector público tendem a fazer um seguro de doença, mas esses seguros são na maior parte uma fraude», pois «[e]u com a minha idade, tenho 73 anos, se quiser fazer um seguro não me fazem, uma pessoa que tem uma doença crónica ou grave também não lhe fazem e depois é limitado, porque ninguém tem dinheiro para fazer um seguro que cubra todas as patologias» .

Não poupou sequer os políticos que lhe sucederam no governo e criticou-os por considerar que «…o Estado não tem cumprido o seu papel e não tem fiscalizado como devia os seguros de saúde…».

É claro que do Instituto de Seguros veio logo alguém lamuriar a habitual ladainha… o ramo saúde até dá prejuízos! e, o seguro, até não funciona assim tão mal pois tem vindo a crescer o número de clientes…

A realidade é aquela que quem por infelicidade sua alguma vez teve de recorrer a qualquer dos sistemas (o público, através do SNS, ou o privado, através das seguradoras) bem conhece: serviços morosos, de qualidade dúbia e que cada vez mais se preocupam com a rentabilidade do “doente”, que com o seu pronto e rápido restabelecimento.

Em conclusão, nem dispomos de um SNS eficiente, nem os sistemas privados respondem a mais que à defesa dos interesses dos seus accionistas e tudo em nome da bendita eficácia económica.

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