Esta alegação, prontamente desmentida pelo Kremlin, apenas merece referência por chamar a atenção para o facto de as “guerras” poderem assumir facetas bem diversas. Há muito que são conhecidas (e utilizadas) múltiplas vias para infligir danos aos adversários (reais ou imaginários) e as chamadas “guerras económicas” são apenas uma dessas vias. Admitindo que os ataques informáticos podem visar pontos nevrálgicos das comunicações e que actualmente o ciberespaço é utilizado para todo o tipo de transacções (com particular relevo para as financeiras) e que podem paralisar toda uma economia, um acontecimento desta natureza ganha novos contornos.
Deve tudo isto servir para recordar que numa época em que a dependência das sociedades face às tecnologias é cada vez maior, o cuidado com as questões de importância estratégica para cada estado deve ser mais que proporcional. Longe vão os tempos em que a cada um bastava defender os percursos de penetração geográfica; hoje, a evolução tecnológica e a sofisticação dos meios transformaram muitas outras vertentes em alvos bem mais sensíveis...
Sem comentários:
Enviar um comentário