De todos os locais por onde andei, na Sinagoga del Tránsito foi o único onde, à entrada e ainda antes de adquirir o respectivo bilhete de ingresso, as bagagens dos visitantes eram submetidas a uma inspecção por meio de raios X e ao longo da visita pude constatar que o número de “guardas” era superior ao dos visitantes (e acreditem que não éramos assim tão poucos nessa qualidade).
O bonito edifício (e muito bem recuperado) não merecia o que o medo dos homens lhe está a fazer! Será que as autoridades israelitas, porque é seguramente ao seu pavor que se deve o tipo de actuação descrito, acreditam mesmo que alguém iria “mandar pelos ares” uma sinagoga desactivada?
Não será tudo isto mais uma manobra de desinformação – visando ainda, e sempre, lançar sobre os outros o anátema de perseguidores e de algozes – enquanto eles vão paulatinamente destruindo o pouco que ainda resta de dignidade e esperança entre os Palestinianos?
Pelo sim pelo não, não abandonei o edifício sem ter deixado no livro de visitas a seguinte inscrição:
«INTERESSANTE! MAS ESTE FOI O ÚNICO LOCAL EM TOLEDO ONDE FUI TRATADO COMO POTENCIAL BOMBISTA…»
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