quinta-feira, 6 de outubro de 2005

MAIS PROBLEMAS PARA A COMISSÃO DE DURÃO BARROSO

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, volta a ser o centro das atenções. Após o conturbado processo para a nomeação da sua equipa de comissários, volta a ser abertamente criticado, agora por Jacques Chirac, que afirmou que os europeus têm o sentimento de que a Comissão "não defende com suficiente determinação e energia" os seus interesses, em particular os " económicos".

Sucedeu isto a propósito da notícia que a multinacional Hewlett-Packard iria apresentar um plano de reestruturação prevendo a supressão de seis mil empregos directos na Europa (sendo mais de mil deles em França).

Apesar da crítica prontamente refutada por Durão Barroso, outras vozes responsáveis em Bruxelas se vão fazendo ouvir no sentido de que UE deveria dar maior atenção às questões de natureza económica; contando-se entre elas o presidente e o vice-presidente do PE Josep Borrell e Alejo Vidal-Quadras, respectivamente, e eurodeputados como o socialista Richard Corbett e o liberal Graham Watson.

Para quem como nós conhece a actuação de Durão Barroso enquanto primeiro-ministro, a crítica não parece exagerada e ainda menos infundada, pelo que o interessante da notícia se centra no leque de críticos (membros responsáveis de agrupamentos políticos como o PPE, os Liberais e os Socialistas) e , talvez, na aparente surpresa (quando o escolheram não sabiam qual o seu “perfil”?).

Mas como um mal nunca vem só, a par com esta outra questão está a ganhar foros de notoriedade na UE. Volta-se a falar da questão da adesão da Turquia a propósito da recente notícia que dá conta do”particular” interesse dos EUA neste processo.
Não foi seguramente por acaso que esta questão volta a ser debatida, e com a insistência que tem registado, durante a presidência britânica.

Continuo a crer que adesão da Turquia possa ser uma questão determinante para os sectores mais progressistas e desenvolvimentistas da sociedade turca e que, a concretizar-se, poderia ser um processo muito positivo no combate ao chamado extremismo islâmico. Contudo a confirmarem-se estas “pressões” (que os intervenientes justificam pelo interesse estratégico da Turquia e pela sua integração na NATO) estaremos perante uma forte hipótese de admissão de mais um membro pró-EUA, numa fase em que o que a UE mais necessita é de estabilidade interna e de revelar capacidade para assegurar a plena integração política, económica e social dos actuais membros.

Perante este cenário, quando a Comissão Europeia é presidida por um neo-liberal e atlantista serão de esperar poucos reais progressos e ainda menos menor capacidade (talvez fosse mais correcto falar em vontade) para enfrentar os problemas resultantes da estagnação da economia europeia, da desagregação do tecido social, da crescente fragilidade da classe política, agravados por um novo processo de alargamento.

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

PEDIDO DE ESCLARECIMENTO

Ouvi hoje num dos canais televisivos nacionais Marques Mendes, presidente do PSD, defender a candidatura de Isabel Damasceno à Câmara de Leiria, argumentando que os portugueses sabem porque é que existem diferenças relativamente a outros candidatos que o PSD não apoiou.

Sem mencionar nomes o líder do PSD estar-se-á a referir-se a Valentim Loureiro (arguido em processos de gestão e envolvimento na prática de subornos desportivos - Apito Dourado) e a Isaltino Morais (arguido num processo que envolve contas bancárias na Suíça não declaradas ao tribunal Constitucional), ex-autarcas a quem o PSD entendeu não apoiar em nova candidatura.

Sabendo-se que Isabel Damasceno é também arguida no mesmo processo de subornos desportivos que Valentim Loureiro, desconhecendo as razões que levaram o PSD a apoiar uns e não outros, aqui fica o meu pedido de esclarecimento e um apelo:

POR FAVOR ESCLAREÇAM AS DIFERENÇAS E NÃO INSULTEM A MINHA INTELIGÊNCIA!

PENSAR O 5 DE OUTUBRO

Comemora-se hoje a implantação da República.

No ainda muito próximo ano de 1910, um grupo de opositores ao regime monárquico, que incluía republicanos e carbonários (membros de uma associação secreta, paralela à Maçonaria, essencialmente política, adversa do clericalismo e das congregações religiosas que tinha por objectivo a libertação dos povos), organizaram uma sublevação armada que teve início no dia 4 de Outubro.


Vicissitudes várias levaram a que um reduzido grupo de menos de meio milhar de homens, entrincheirados na Rotunda (actual Marquês de Pombal, em Lisboa), tenham logrado fazer frente às forças monárquicas comandadas por Paiva Couceiro.


O desenrolar da história, que culminou com a proclamação da República da varanda do edifício da Câmara Municipal por José Relvas, é de todos conhecido…

Importa hoje, mais que recordar a data e aqueles a ela associados, lembrar que a queda da monarquia aconteceu tão facilmente devido à profunda crise que vinha vivendo (o mesmo voltaria a repetir-se em 1974) e ao clima de profunda suspeição que rodeava as figuras proeminentes do regime.

Em menos de um século que tem o regime republicano no nosso país, já conhecemos três períodos distintos (I República, Estado Novo e II República), sempre originados em movimentos militares (5 de Outubro de 1910, 28 de Maio de 1926 e 25 de Abril de 1974) e sempre anunciados com o objectivo de combate às desigualdades.

Será a nossa proverbial incapacidade organizativa realmente uma fatalidade?

Ou será a que a cada movimento bem sucedido, mais ou menos bem intencionado, sempre se têm sobreposto os que pouco ou nada contribuíram para o seu sucesso?

terça-feira, 4 de outubro de 2005

AS AUTÁRQUICAS NA RECTA FINAL…

No seu artigo de hoje no Diário de Notícias, Manuel de Lucena mantém viva a polémica suscitada nesta campanha autárquica em torno da participação de um conjunto de candidatos mais ou menos a contas com a justiça.

Não se trata, como o colunista pretende fazer crer na ponta final do seu artigo, de uma situação em que se verifica a existência de candidatos com multas de estacionamento por liquidar, envolvidos em processos de divórcio mais ou menos litigiosos, ou numa qualquer querela legal por causa da herança de uma tia de parentesco longínquo. Estamos a falar de um conjunto de cidadãos (autarcas ou ex-autarcas) indiciados, arguidos e condenados pela prática de vários crimes relacionados com a gestão autárquica ou da coisa pública.

Para avivar a memória de Manuel de Lucena (e com a ajuda da VISÃO ONLINE) aqui fica uma lista dos prevaricadores a quem os tribunais já aplicaram sanções:

Abílio Curto PS - Guarda - fraude
António Cerqueira CDS/PP - Vila Verde - peculato, abuso de poder e falsificação de documentos
A. Ferreira Torres CDS/PP - Marco de Canaveses - peculato de uso
Edite Estrela PS - Sintra - abuso de poder e quebra do dever de isenção
João Rocha PSD - Vagos - corrupção passiva, burla agravada, prevaricação e furto de documentos
Luís Monterroso PS - Nazaré - falsificação de documentos e burla agravada
José Custódio PS - Lourinhã - burla agravada
Mário Pedra PSD - Valença - corrupção passiva e falsificação de documentos
Jacinta Ricardo CDU - Montijo - peculato de uso
João Luís Semedo PS - Fronteira - burla agravada e falsificação de documentos
Luís Gabriel Rodrigues PSD - Santa Cruz, Madeira - burla qualificada, peculato e falsificação de documentos
Patacão Rodrigues CDU - Vila Viçosa - fraude

aqueles que são indiciados ou já foram constituídos arguidos:

Fátima Felgueiras - PS - Felgueiras
Valentim Loureiro - PSD - Gondomar
Isabel Damasceno - PSD - Leiria
Isaltino Morais - PSD - Oeiras
Ana Cristina Ribeiro - BE - Salvaterra de Magos
José Luís Judas - PS - Cascais
Sérgio Carrinho - CDU - Chamusca

sendo que deste último grupo apenas José Luís Judas não é candidato a estas eleições.
Na linha de raciocínio defendida por Manuel de Lucena é óbvio que existem diferenças, e muitas, entre este grupo de candidatos autárquicos. A título de exemplo refira-se que:
  • Avelino Ferreira Torres viu a acusação de peculato convertida em sentença, que aguarda recurso judicial interposto;
  • Fátima Felgueiras fugiu à justiça e encontra-se em liberdade a aguardar julgamento marcado para 10 de Outubro (que data tão conveniente);
  • Valentim Loureiro está indiciado em vários processos, nomeadamente os ligados à gestão do Metro do Porto e ao famigerado caso de corrupção desportiva - “Apito Dourado”, e ainda hoje continuam a surgir denúncias de situações de favorecimento pessoal em negócios imobiliários envolvendo a autarquia a que se recandidata;
  • Isaltino Morais é arguido num processo que envolve contas bancárias suas na Suíça, não declaradas ao Tribunal Constitucional, e que ditou a sua demissão de ministro das Cidades do Governo PSD/CDS, processo que se arrasta desde 2003.
Nos antípodas destas situações encontra-se Sérgio Carrinho (presidente da Câmara da Chamusca) uma vez que as investigações de que é alvo resultaram de uma iniciativa própria e que até os seus opositores afirmam não acreditar que tenha havido aproveitamento em benefício pessoal.

Havendo, como qualquer pessoa de boa fé constará, grandes diferenças entre as situações descritas custa a entender os esforços de Manuel Lucena para englobar tudo no mesmo saco e a concluir que candidatos arguidos não devem ser impedidos de concorrer às eleições, porque isso seria sujeitar «… um direito político a eventuais caprichos de magistrados maldispotos

Assim, somos todos sujeitos a suportar a arrogância e as manigâncias (umas mais ilegais que outras) que a plêiade de «candidatos-bandidos» continua a praticar, rindo-se na nossa cara das que, seguramente, já planeiam.

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

ESTARÁ A EUROPA PREPARADA PARA NOVO ALARGAMENTO?

A Áustria conseguiu salvar a face e fazer valer o princípio de que a “aproximação” à Turquia poderia passar por um regime de “relacionamento privilegiado”.

Ignorando-se a resposta turca, pode-se, para já continuar a especular sobre todo este “imbróglio”. O governo turco necessita de um processo de aproximação à União Europeia (UE) claro e sem equívocos, os actuais membros da UE poderão estar a sentir-se reféns da necessidade de aproximação a um estado muçulmano de forma a combaterem pela via diplomática o fenómeno do terrorismo islâmico, mas muitas questões continuam por responder.

Se o número crescente de muçulmanos radicados nos diferentes países europeus está a ser encarado por muitos desses estados como uma potencial ameaça (o extremismo islâmico difunde-se e infiltra-se com aparente facilidade na sociedade europeia) que poderá estar na origem do crescente interesse na adesão da Turquia (estado islâmico, laico, que tem conseguido manter alguma “ordem” entre os sectores religiosos mais radicais), não é menos verdade que o estado turco apresenta em si bom número de estigmas.

São exemplos, quase sempre referidos pela comunicação social europeia, a questão dos direitos humanos e a questão cipriota. A estas parece-me de acrescentar a questão curda para a qual, seguramente, que os turcos gostariam de poder contar com o peso da EU para manter o domínio sobre parte do território ancestralmente reivindicado por aquele grupo étnico.

Sem subscrever a posição austríaca, como bem lembrou hoje Freitas do Amaral esta parece uma posição de difícil sustentabilidade sem afectar definitivamente a credibilidade e a boa fé negocial da UE, parece-me que ainda existem demasiadas questões em aberto para se iniciar a discussão em torno de um processo de adesão. Muito ainda separa o conjunto dos membros da UE da Turquia, seja no plano cultural e religioso, seja no plano político-filosófico (direitos humanos) seja no plano económico e social.

A acrescer a estas questões outras existem que estão seguramente na mente de muitos dos negociadores:
  • estará a UE suficientemente estabilizada após o último alargamento para já estar a preparar um próximo?
  • suportará a economia europeia, na actual situação de crise internacional, os efeitos da entrada de mais um membro com uma economia tão débil quanto a turca?

tudo isto agravado pela crise política alemã, a instabilidade francesa e a manutenção da política inglesa (um pé na Europa e um sorriso aos Estados Unidos).

domingo, 2 de outubro de 2005

O MITO SEBASTIÂNICO OU ALMA LUSA

Quase todos os dias surgem notícias, comentários ou artigos de opinião nos meios de comunicação nacional a propósito das eleições presidenciais e de Cavaco Silva.

Continuando a julgar a questão prematura e extemporânea (como ele próprio não se cansa de nos lembrar, compondo um ar quase beatífico) num momento da vida política nacional em que nos preparamos para eleger os poderes políticos que regularão algo tão importante como a nossa qualidade de vida (o urbanismo, os níveis mais elementares do ensino básico, o saneamento, as ligações rodoviárias próximas, etc. etc.), acto que deveria merecer a nossa melhor atenção e fomentar o debate de conceitos de vida, em vez das repisadas questões de política nacional (normalmente boa parte dos candidatos não sabe falar de mais nada).

Mesmo julgando que ainda há muito tempo para debater quem se candidata, porquê e para quê, confesso que começo a estar cansado de tanto ouvir falar sobre o tal candidato anunciado, de ouvir criticar ou louvar o seu silêncio, uma vez que não há dia em que o próprio (ou outro por ele) não surja a pronunciar-se sobre a dilacerante questão: SERÁ CAVACO SILVA CANDIDATO? ou mais simplesmente a ver estabelecidas comparações entre os candidatos assumidos e o candidato anunciado.

Eu sei que no nosso país há muitos séculos se cultiva o mito DAQUELE QUE HÁ-DE REGRESSAR PARA NOS SALVAR.

Recordando que os adeptos de uma confissão religiosa chamam-no de MESSIAS (nós, mais prosaicamente, chamamos-lhe apenas SEBASTIÃO), que por ele aguardam há milhares de anos (nós há apenas pouco mais de 400 anos), que nem por isso têm deixado de fazer pela vida, tendo no entretanto e com o beneplácito de muitos não-crentes construído um país (nós apenas nos temos esforçado para que este não funcione).

A propósito, convirá também recordar o triste destino que tiveram os primeiros que tentaram personificar o tal mito, não que deseje que algo de igual atinja o tal candidato anunciado, mas sempre lembro que aqueles que muito anseiam não costumam poupar os que os desiludem, e receio bem que, confirmando-se o aparecimento do tal candidato anunciado e a sua muito natural aclamação popular, este volte a repetir a forma pouco airosa (para não lhe chamar outra coisa) como saiu de cena quando, em 1995, a “vida” lhe começou a correr mal…

sábado, 1 de outubro de 2005

A MADEIRA NÃO É DO JARDIM?


A notícia do PUBLICO que traz á luz do dia as “estratégias” políticas do presidente do Governo Regional só espantarão aqueles que ao longo das últimas décadas têm vindo a fingir nada ver e saber.

Desde a ascensão ao poder em 1998 de Alberto João Jardim, que a outra coisa não tem sido feita na Região da Madeira para além de uma primária manipulação da realidade local e nacional. Contando com importações ligações (quer no poder religioso quer entre o grupo de “famílias” influentes no arquipélago) tem manipulado e condicionado o desenvolvimento económico e social da região.

A forma como aquele espaço do território nacional tem sido gerida não parece deixar quaisquer dúvidas quanto à incompetência dos respectivos gestores (e como Alberto João Jardim sempre tem assumido o papel de dono e senhor de tudo, é também a ele que terão de ser assacadas as respectivas responsabilidades) e ainda menos quanto à complacência, para não lhe chamar compadrio, com os poderes centrais têm permitido o acumular da dívida pública regional.

Enquanto no continente (para utilizar uma expressão tão cara a Alberto João Jardim) se têm vindo a impor todo o tipo de restrições às instituições públicas, a Região da Madeira continua usufruir de um manancial financeiro cuja dívida acumulada ultrapassava em 2003 os 1100 milhões de euros e que para o corrente ano já era superior ao próprio orçamento regional.

Quando semelhantes valores (agravados pelos sucessivos perdões de juros e capital vencido) prefiguram uma situação de clara insolvência não existe forma de escamotear que a perpetuação de Alberto João Jardim no governo regional apenas pode ser explicada por um sistema de compadrio e nepotismo em tudo idêntico ao que aquela personagem aplica no arquipélago.
Só a existência de inconfessáveis interesses pode justificar que até esta data nunca os sucessivos governos centrais (sejam eles do PSD ou do PS) tenham exigido senão o pagamento, pelo menos a aplicação de medidas de política financeira visando a sua correcção.

Não disponho de elementos inequivocamente comprovadores que o presidente do Governo Regional enfileira no grupo dos políticos corruptos deste país, mas não se torna difícil admitir, de boa fé, que são igualmente corruptos o corrompido e o corruptor.

sexta-feira, 30 de setembro de 2005

NOVIDADES DO IRAQUE, VINDAS DA AMÉRICA

As notícias que diariamente nos chegam sobre o Iraque continuam a reportar a sucessão de atentados perpetrados pelos “terroristas da Al Qaeda” (para usar a terminologia grata à administração norte-americana) e o número crescente de mortos e feridos (que não poucas vezes incluem soldados americanos.

Depois dos escândalos que vieram à luz do dia sobre as ocorrências na prisão de Abu Ghraib, sobre o excessivo número de incidentes envolvendo tropas norte-americanas e jornalistas de várias nacionalidades (dos quais a resultou a morte muitos destes) que não se submetem ao controle daquele exército, eis que hoje dei conta desta interessante notícia num jornal norte-americano.

O Seattle Times noticia que o Pentágono ainda não acatou a decisão tomada há cerca de um ano pelo Congresso, de acordo com a qual aquele deveria reembolsar os soldados deslocados no Iraque das despesas que estes realizaram com a aquisição de equipamentos de protecção.
Ao que parece a administração americana tem andado a praticar grandes economias no que respeita à qualidade e quantidade do equipamento com tem estado a dotar as suas tropas, levando a que estas recorram a fundos próprios ou de familiares na tentativa de aumentarem as probabilidades de sobreviverem à “estadia” no Iraque.

O secretário de estado da defesa , Donald Rumsfeld, começa a ser abertamente acusado por diversos sectores da sociedade americana, com especial ênfase para os familiares dos soldados que reclamam despesas individuais da ordem das muitas centenas de dólares, as quais vão além do equipamento individual de protecção e incluem equipamento médico e de orientação (GPS).

SONDAGENS

Hoje foi outra vez dia de todas as sondagens. Ele foi sondagens sobre a popularidade do governo, dos ministros, dos candidatos autárquicos, dos candidatos presidenciais (e, pasme-se, até dos não candidatos presidenciais)...

Resultados, houve-os para todos os gostos. Mais satisfeitos terão ficado os que subiram, menos os que desceram.

Comentários não vão faltar! Os que desceram vão desdramatizar os resultados, os que subiram vão reafirmar a justeza das suas posições e/ou críticas. Os analistas políticos vão se desdobrar em análises transversais e reforçar uns resultados ou desvalorizar outros.

Mas o que realmente me parece importante para que todos nós reflictamos é sobre o real valor deste tipo de iniciativas.

Sendo certo que os fazedores de sondagens já são obrigados a anunciar a respectiva ficha técnica, isto é, qual o universo alvo da observação, qual a data e o modo como as respostas foram obtidas, etc., etc. ... não é menos verdade que essa mesma informação parece-me não estar a merecer a devida atenção de todos nós.

Se não vejamos: decorridos mais de 30 anos desde que no nosso país começaram a ser regularmente produzidas e publicitadas todo o tipo de sondagens (a maior parte delas realizada via telefone, num país de 10 milhões de habitantes que apresenta mais de 4 milhões de ligações fixas instaladas), quantos de nós alguma vez figurámos no universo dos consultados?

Devo confessar que pessoalmente não conheço ninguém que alguma vez o tenha sido.

Não quero concluir que todo este processo é uma gigantesca fraude (não disponho de informação suficiente para o justificar) mas, pensando naquele que pode ser (ou é) o papel da informação numa sociedade cada vez mais estruturada e condicionada dentro dos estreitos cânones das minorias (económicas e sociais) que entre si controlam o poder e que por todos os meios nos querem “vender” as maravilhas da aldeia global...

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

PEDIDO DE AJUDA

Consultem o seguinte endereço:

e, por favor, se alguém souber como obter o livro indicado não deixe de me informar!

ESTAMOS A RECUPERAR…

Notícias recentes contribuíram para a recuperação da confiança nacional. Agora os nossos políticos já não se podem continuar a queixar.

O Diário de Notícias escrevia hoje assim: «Portugal subiu dois lugares no ranking global da competitividade elaborado pelo Fórum Económico Mundial, passando da 24.ª posição para o 22.º lugar. O Global Competitiveness Report 2005-2006, ontem divulgado, situa Portugal à frente de países como a Irlanda, França, Espanha (caiu seis posições), Grécia, Bélgica e Itália, numa classificação liderada pela Finlândia num total de 117 países

Noutro lugar, o mesmo jornal, informava que nos Estados Unidos o líder da maioria parlamentar, o republicano Tom Delay, foi, após três anos de investigações, acusado de cumplicidade num esquema de financiamento ilegal.

As duas notícias em conjunto vêm demonstrar que final os políticos que nos têm governado sempre escolheram as melhores opções – nós é que eternamente ingratos e sempre descrentes continuamos a apenas querer ver o muito pouco que, pobres coitados, possam ter feito em benefício próprio - e que o nosso país ombreia com os melhores do mundo.

Senão vejamos:
  • em matéria de competitividade pedimos meças a muitos dos nossos parceiros comunitários, porque mesmo auferindo rendimentos inferiores a metade (e menos) dos deles, fomos escolhidos por um painel de reputados líderes industriais como altamente competitivos;
  • no que respeita a modernidade nas técnicas de gestão também podemos pedir comparação aos melhores, porque cá, como lá (EUA) os políticos também revelam capacidade para “descobrir” formas sempre inovadoras para a obtenção de fundos.
Diz o Fórum Económico Mundial que não fossem as situações penalizadores resultantes das irregularidades no processo de cobrança de impostos, das questões com os direitos de propriedade e os favoritismos das decisões governamentais, a nossa classificação seria bem melhor.

A acreditar neste estudo os Portugueses terão de ter muito cuidado e continuar a eleger os piores entre os piores, porque se o continuarmos a fazer durante muito tempo talvez possamos almejar o primeiro lugar.

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

COMEÇOU MAIS UMA CAMPANHA ELEITORAL

Independentemente de quem as organize e do acto a que se destinem as campanhas eleitorais têm entre nós uma característica crescentemente comum - os candidatos, ou quem os propõe, não costumam olhar a gastos para obter resultados.

Os partidos desdobram-se em iniciativas, comitivas e ofertas com o único objectivo de angariar o maior número possível de votos; apesar do reduzido custo do “artigo” mais usado em campanha – a promessa - numa sociedade que crescentemente tem vindo a assumir valores exclusivamente materialistas os gastos com a imagem, mais que com a preocupação de fazer passar uma mensagem, são em exponencial.

Esta campanha vai, porém, conhecer uma nova realidade. Agora já existe um organismo encarregue do controle dos gastos eleitorais: a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), que funciona desde Janeiro deste ano junto do Tribunal de Contas.

A legislação que criou este organismo (Lei nº 19/2003, que entrou em vigor desde Janeiro) prevê o aumento dos fundos públicos para as candidaturas eleitorais, mas também um maior controle dos financiamentos e gastos dos partidos. A título de exemplo refira-se que:
  • os donativos privados não poderão ultrapassar o valor unitário de 60 salários mínimos nacionais (cerca de 22.000€);
  • foram fixados limites máximos para as despesas de campanha (no caso das autárquicas é função do número de eleitores);
  • passou a ser obrigatório a apresentação de orçamentos e o uso de conta bancária para efectuar os pagamentos;
  • foram fixadas coimas e penas de prisão até três anos para os prevaricadores (mandatários financeiros, dirigentes partidários, particulares e administradores de entidades que cometam infracções).

A ECFP já iniciou o trabalho de análise dos orçamentos, que no final deverá cruzar com as contas apresentadas por cada candidatura, e afirma dispor de observadores no terreno para avaliar a possível “distorção” destas com a realidade observada.

No final avaliaremos os resultados práticos destas novas medidas, mas para já fica uma pergunta: Porque não ter previsto no regime de penas a perda de mandato para os prevaricadores?

Afinal o crime poderá compensar...

terça-feira, 27 de setembro de 2005

E AGORA IRLANDA?

Os meios de comunicação nacionais e estrangeiros noticiaram hoje a conclusão do processo de desarmamento do IRA.
Bertie Ahern e Tony Blair (primeiros-ministros da Irlanda e do Reino Unido) congratularam-se com o facto anunciado ontem pela comissão de desarmamento, órgão criado ao abrigo dos acordos de Sexta-Feira Santa (celebrado em 1998), mas contrariamente às declarações do Sinn Féin (o braço política do IRA) que considerou o desarmamento "um passo muito corajoso e muito ousado" e uma tentativa genuína para pôr fim a décadas de violência e avançar com o processo de paz na Irlanda do Norte (in PUBLICO), os grupos católicos lealistas, onde continua a pontificar a figura do Rev Ian Paisley, já vieram pôr em dúvida o processo por alegada ausência de provas – a comissão de desarmamento entregou uma relação de todo o material bélico destruído mas o processo não foi documentado com imagens.

Esta atitude poderá ser explicada pelos recentes acontecimentos que opuseram as milícias protestantes às forças policiais britânicas, pela perceptível divisão entre os respectivos grupos e pela crescente influência do Sinn Féin na vida pública irlandesa. Confrontados com a modernidade de uma força política pugnando pela união entre as duas irlandas os sectores leais à coroa britânica não conseguem encontrar respostas adequadas, mantêm em actividade as suas forças militarizadas e poderão começar a constituir uma nova vertente de “terrorismo”.
Perante a atitude britânica – oficialmente o governo aplaude as mudanças efectuadas pelo IRA e reconhece condições para o reatar das negociações – os sectores protestantes encontram-se perante um novo dilema: abandonar também as iniciativas de natureza militar e abraçar de forma franca e convicta o processo de negociações ou radicalizar as suas posturas tradicionais e arriscar a marginalização internacional.

Sintomas de evidente mal-estar têm-se vindo a acumular no sector protestante, ficando apenas a dúvida sobre a honestidade das declarações do governo britânico; se estas resultarem de uma efectiva vontade de resolver a questão irlandesa a posição dos radicais protestantes estará irremediavelmente condenada e a política de confronto e provocação, do Rev Ian Paisley e do seu grupo de radicais, tem os dias contados.

O tempo dir-nos-á da sinceridade dos homens.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

SERÁ QUE ABRIU A GUERRA DA MICROSOFT AO LINUX?

É o que tudo indica!
Afinal a super poderosa Microsoft começa a dar os primeiros sinais de abertura de hostilidades com o GNU-Linux.

Após anos de total ausência de referência, como se o simples ignorar pudesse eliminar a sua existência, começam a surgir as primeiras notícias que dão conta de reacções da Microsoft. Não no sentido positivo e que seria de esperar – facilitando o acesso aos seus códigos-fonte de forma a permitir o adequado desenvolvimento de software por terceiros – mas sim para contestar comparações entre os dois sistemas operativos.

De acordo com a Exame Informática a Symantec – empresa fabricante dos mundialmente conhecidos programas Norton (anti vírus e utilitários diversos) para o SO Windows da Microsoft – vem afirmar que o browser Internet Explorer, da Microsoft, é mais seguro que o Firefox, produzido pela Mozilla Foundation (browser originalmente desenvolvido para Linux e de que já existem versões par Windows e MAC OS); segundo aquela softwarewhouse durante o primeiro semestre deste ano foram encontradas 25 falhas de segurança nos browsers da Mozilla, contra apenas 13 no Internet Explorer.

Esta conclusão, que contraria as informações que normalmente correm entre a comunidade informática, resulta do método de avaliação/análise utilizado; a Symantec só contabilizou as falhas admitidas pelos fabricantes.

Outro estudo realizado por uma companhia de segurança, a Scunia, contabilizava, em meados de Setembro, 19 vulnerabilidades no Internet Explorer não resolvidas pela Microsoft, contra três no Firefox.

Independentemente da origem dos estudos parece evidente que a “guerra” está declarada.

domingo, 25 de setembro de 2005

REABRIU O CINE-TEATRO DE ALMEIRIM

Foi ontem a data oficial de reentrada em funcionamento do Cine-Teatro de Almeirim.
Decorridos quase 7 anos desde que a autarquia tomou posse do edifício, que se encontrava sem qualquer utilização desde 1989, volta este, após obras de recuperação e modernização, a cumprir a função iniciada em 1940.

Não importa aqui avaliar a necessidade de semelhante tipo de infra-estrutura nem louvar aqueles que tiveram a iniciativa de tomar em mãos a sua recuperação e reactivação (essa é, seguramente, uma das principais funções de qualquer autarquia), mas apenas salientar o trabalho feito. Partindo de um edifício de traça bem caracterizada (modernista) os projectistas da nova obra mantiveram-lhe a fachada, facto particularmente importante numa cidade onde a preservação das memórias urbanísticas nem sempre tem conhecido a devida importância, logrando mesmo uma harmoniosa integração no adjacente Jardim da República.

O programa escolhido para marcar o evento, distribuído por Sábado e Domingo, iniciou-se Sábado com um conjunto de espectáculos onde tiveram papel principal as associações e colectividades culturais do concelho (Ranchos Folclóricos de Almeirim, Fazendas, Raposa, Paços dos Negros e Benfica do Ribatejo, Orfeão de Almeirim e Coro da USAL, Grupo de Teatro Narizes Perfeitos e Banda Marcial de Almeirim), concluindo-se no Domingo com um espectáculo de teatro musical (produzido pelo Círculo Cultural Scalabitano e com a Orquestra Scalabitana) e à noite com a uma sessão de cinema.

Poder-se-á discutir a opção por este tipo de programa de inauguração, o critério seguido (ordem das apresentações, número de participantes, extensão do programa, etc. …) mas nunca a abertura de um espaço privilegiado para a difusão e divulgação culturais de que a cidade carecia há muito tempo, nem a tentativa de mostrar a polivalência da sala, sendo apenas de lamentar que o filme escolhido não seja uma das muitas obras marcantes na história daquela forma de arte (e tantas eram as opções possíveis que uma das melhores poderia ser um filme que é em si um resumo da história do cinema – CINEMA PARAÍSO), tanto mais que a importância do acto merecia bem um pequeno esforço financeiro.

Quanto à programação futura para a sala de espectáculos já é conhecido o facto da Câmara Municipal de Almeirim (proprietária do Cine-Teatro) ter integrado, conjuntamente com outros 15 municípios da Região de Lisboa e Vale do Tejo, o projecto ARTEMREDE com o qual se pretende a promoção da actividade cultural, estando agendados espectáculos musicais e de dança para os dias 2 de Outubro (música de câmara com o Ensemble Barroco do Chiado) e os dias 10 e 11 (dança para os mais jvens pela Companhia Abbondanza).

Outras iniciativas serão de esperar, não esquecendo que seremos todos nós os responsáveis pela vitalidade que o espaço venha a conhecer.

sábado, 24 de setembro de 2005

FÁTIMA FELGUEIRAS DIVIDE A OPINIÃO DE JUÍZES

Alguns órgãos de comunicação nacional têm-se vindo a pronunciar sobre o caso «Fátima Felgueiras», merecendo destaque uma abordagem do Portugal Diário, que cotejou opiniões de diversos magistrados concluindo que estas se dividem entre a concordância e a discordância com a revogação da prisão preventiva anteriormente decretada.

Procurando justificar uma e outra posição surgem magistrados a afirmar que já utilizaram idêntico procedimento não se tendo registado a fuga de qualquer dos arguidos, enquanto outros consideram que a Justiça saiu ridicularizada.

Num artigo de opinião inserto no Jornal de Notícias, intitulado «Jogo perigoso» o seu autor, antevendo como desfecho eleitoral uma fácil vitória de Fátima Felgueiras e do tudo o que de pior ela (e outros como ela) representa, conclui:
Os zeladores do templo do Estado de Direito, por sua vez, estão confiantes. Não duvidam que, no fim, leve o tempo que isto levar, a lei, o direito sobre que assenta o edifício social, subsistirão. Acreditam no fim do fim. Conta a história que os zeladores morreram com a queda do templo.
Este jogo entre o que parece e é está a tornar-se perigosíssimo
.”

Pois está, e a postura da classe política nacional, que oscila entre o silêncio temeroso e o recente abraçar de questões de natureza ética, não contribui nada para melhorar o ambiente.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

TRISTE, MUITO TRISTE...

É como me sinto depois da leitura da notícia difundida pelo Público.
O procurador-geral da República pode ter muita razão quando, pretextando que o acto poderia ser entendido como uma interferência da justiça na área da política, decidiu adiar a dedução da acusação do processo Apito Dourado para data posterior às eleições autárquicas.

Repito que o magistrado pode ter razão, estar a decidir de boa fé e dentro dos mais elevados padrões éticos, mas eu sinto-me triste, muito triste porque não posso deixar de pensar que este acto prefigura a interferência da política na esfera da justiça, e para cúmulo, a acção a desenvolver circunscreve-se à primeira fase do processo (acontecimentos relacionados com Gondomar e o seu clube local).

Os factos apurados durante a instrução do processo que envolvem outras proeminentes figuras do futebol e da política, serão analisadas nas respectivas comarcas, talvez por nestas a poderosa influência dos visados ser garantia de pronto arquivamento dos processos.
Assim anda um país que se diz pretender moderno e onde vigorarão princípios de separação entre poderes...

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

NOTÍCIAS DO IRAQUE

De acordo com a informação da AFP (Agence France Press) as autoridades de Bassorá anunciaram hoje a decisão de boicotar as tropas britânicas, isto na sequência do incidente ocorrido há dois dias. Nessa altura o exército inglês assaltou uma esquadra da polícia iraquiana a fim de libertar dois soldados britânicos ali detidos.

O incidente foi justificado, na altura, pelo comando britânico por os soldados terem sido, alegadamente, entregues a um grupo de rebeldes, tese confirmada por responsáveis do governo iraquiano que admitiram a hipótese de existência de resistentes infiltrados nas fileiras militares regulares.

O grupo que detinha a custódia dos dois militares – o exército do Mehdi, liderado por Moqtada al-Sadr – pretendia negociar a sua troca por um chefe xiita local detido pelos britânicos no Domingo, 18 de Setembro.

O incidente que deu lugar a manifestações populares contra a presença dos britânicos, foi minimizado pelas autoridades iraquianas e britânicas, mas é mais um a juntar aos muitos que vão minando cada vez mais a presença de tropas ocidentais no território do Iraque, tudo isto numa altura em que em Londres vão crescendo de tom as vozes que se pronunciam contra a manutenção da presença de tropas naquele território.

Simultaneamente, a mesma AFP anuncia o fim da operação militar contra Tall Afar (localidade no nordeste iraquiano apontada como base de acções rebeldes) que envolveu 6.000 soldados iraquianos e 4.000 americanos e que, segundo um porta-voz oficial iraquiano, se saldou pela morte de 157 rebeldes e a captura de outros 683, tendo o exército iraquiano sofrido 12 mortos e 27 feridos. À parte a total ausência de qualquer referência a baixas norte-americanas e a civis iraquianos, é de referir o saldo extremamente positivo de uma operação militar que durou doze dias, facto ainda mais louvável quanto ainda esta semana se fizeram ouvir as lamentações de altos responsáveis iraquianos pela deficiente qualidade do armamento de que dispõem.

Assim a operação "Restabelecer os direitos" parece que também está a restabelecer a confiança...

Para este fenómeno não deve ser estranho o facto do exército ocupante estar a proceder a uma vaga de ataques contra os principais centros sunitas (as tropas iraquianas utilizadas contra Tall Afar eram maioritariamente constituídas por “peshemergas” curdos), privilegiando áreas próximas da fronteira Síria (país que é acusado de facilitar infiltrações de extremistas da Al-Qaeda) e traduzindo-se num processo de expulsão das populações civis que para alguns observadores se assemelha a uma limpeza étnica.

A pouco e pouco os ocupantes americanos lá vão desenhando o mapa das populações iraquianas (xiitas, sunitas e curdas) que mais lhes convém.

PEDIDO DE DESCULPAS?

Saibam todos quantos me lerem que estou profundamente penalizado pelo meu “post” de ontem a propósito de Fátima Felgueiras. Fiquei prostrado quando soube hoje, pelo Jornal de Notícias que a ex-presidente e candidata a novo mandato em Felgueiras prometeu ir a julgamento...

Pior ainda me senti quando o mesmo jornal fazia notícia do empenhamento do povo anónimo (e ao povo não há quem o possa enganar) na recepção à ex-presidente e candidata. Vejam só que houve quem, ignorando completamente o seu regresso, tivesse gasto vários dias a produzir artesanalmente (que maravilhosa e pura é a engenhosidade e a dedicação do povo) o cartaz que a seguir reproduzo:
Mas, voltando à ex-presidente e candidata, se ela prometeu vai seguramente cumprir e no dia 11 de Outubro de 2005 estará no tribunal...

Apenas me assalta uma dúvida, uma pequena dúvida:
SERÁ COMO ARGUIDA OU COMO JUÍZA?

Depois do que temos assistido em toda esta encenação já nada me espanta!

Pensando bem, pelo sim pelo não o melhor é continuar a afirmar:
«CANDIDATOS-BANDIDOS» NÃO, OBRIGADO!

AINDA A OTA E O TGV

Notícias hoje insertas no Público e no Jornal de Notícias confirmam que as dúvidas que têm vindo a ser expressas sobre a implementação de projectos como o da OTA e o do TGV, não se resumem ao mundo bloguístico.

Assim, também a AECOPS – Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas pretende conhecer a calendarização das fases dos projectos e os respectivos estudos de viabilidade económica, prometidos pelo ministro da tutela para o corrente mês.

Será que já não falta muito para, finalmente, vermos levantado o véu...