sábado, 4 de julho de 2009

A SILLY SEASON TEMPORÃ

Tornou-se habitual associar os frívolos acontecimentos políticos da época estival (ampliados, à falta de melhor, pela comunicação social à qualidade de notícias de primeira grandeza) ao fenómeno da “silly season”; esta prática anglo-saxónica que remonta aos finais do século XIX, conhece a partir dos mais recente acontecimentos nacionais de uma variante.

Tal como as infecções bacteriológicas também a “silly season” começa a registar mutações e a ocorrerem fenómenos temporões como o que ditou a demissão de Manuel Pinho, ministro da economia no governo de José Sócrates.

Porque só uma “silly season” é que pode explicar a demissão de um ministro que entre outras alarvidades anunciara em Outubro de 2006 o fim da crise para no ano seguinte defender as vantagens comparativas nacionais junto de empresários chineses com o argumento dos custos salariais no país serem inferirores à média europeia.

Se resistiu a isto, porquê demiti-lo agora por ter insultado um deputado da oposição?

Se não vivesemos de meras aparências, a incompetência tantas vezes revelada por Manuel Pinho não deveria ser muito mais grave que um insulto?

Este é bem um episódio revelador do mundo de aparências em que vivemos...

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