Ignoro de todo (e duvido que em boa verdade alguém o saiba) se os arguidos no caso Casa Pia serão ou não culpados, como os declarou há dias o tribunal de primeira instância que demorou seis anos a julgar o caso.
Ignoro igualmente se a mais mediática das personalidades condenadas poderá invocar a monstruosidade jurídica de que se diz vítima.
Não tenho infelizmente qualquer dúvida que a Justiça em Portugal continua a dar de si a pior das imagens possíveis, que uma maior celeridade no julgamento eliminaria as suspeições de uma sentença ditada por pressão da opinião pública e que às vítimas de todo este processo continua por ser explicado como é que os responsáveis pela sua formação e protecção (o Estado e os sucessivos dirigentes da Casa Pia) puderam sair incólumes de tudo isto.
A monstruosidade, a verdadeira monstruosidade, é uma sociedade onde tudo isto acontece e tudo continua como se tratasse da coisa mais normal e banal.
Sem comentários:
Enviar um comentário