Novo atentado no metro de Moscovo volta a trazer à primeira ordem do dia as questões (e as paranóias) securitárias, bem expressas na notícia da TSF que assegura que «Medvedev propõe endurecimento da legislação anti-terrorista».
Embora aquele atentado ocorrido em duas estações diferentes e com curtos intervalos de tempo encaixe, aparentemente, no “modus operandi” dos extremistas islâmicos, a pronta acusação das autoridades russas aos extremistas chechenos liderados por Doku Umorov e a ausência de qualquer reivindicação, devem ser encarados com as devidas cautelas.
Este atentado, como sugere Miguel Monjardino (citado nesta notícia do I), deve merecer especial atenção, tanto mais que ocorreu poucos dias após o anúncio de um novo acordo russo-americano para a redução dos arsenais nucleares[1], numa fase em que Putin e Medvedev enfrentam nova onda de oposição interna e quando algumas notícias na imprensa deixam entender que os serviços secretos russos (FSB) podem ter fracassado na tentativa de desactivarem as acções[2].
Mais do que aguardar uma eventual reivindicação do atentado, as atenções devem concentrar-se nas notícias que surjam dos corredores do Kremlin e de um eventual endurecimento de posições e de acções militares.
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[1] A noticia, difundida pelo PUBLICO, pode ser lida aqui.
[2] Quer o PUBLICO, na notícia «Moscovo em luto pelas 39 vítimas de duplo atentado», quer o DIÁRIO DE NOTÍCIAS, na notícia «Moscovo vive manhã de terror na linha vermelha» levantam a possibilidade do FSB ter tido informação atempada sobre a iniciativa, mas as suas acções parecem ter sido infrutíferas para impedir o atentado.
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