Mais de duas semanas volvidas sobre os alertas da OMS e apesar do intenso escrutínio da imprensa, os casos oficialmente registados no mundo inteiro mal ultrapassou os 10 mil (10.243 infectados, segundo esta notícia da TSF) não passam de uma ínfima percentagem da população mundial (apontando as estimativas da população mundial para um número da ordem dos 6,7 mil milhões de habitantes, aquela percentagem será da ordem de 0,00015%) e o número de mortes é de 80[1].
Independentemente das polémicas que têm surgido sobre a origem do vírus (mutação a partir do célebre H5N1 transmitido dos galináceos para os suínos ou erro humano na manipulação de culturas destinadas ao estudo e produção de vacinas[2]) e sobre a mortandade que a pandemia poderia originar, uma das primeiras coisas que me ocorreu foi o fenómeno idêntico que ocorreu em 2005, quando a propósito da gripe das aves notícias, como esta, garantiam que a «Pandemia de gripe pode provocar até 13 mil mortos em Portugal», ou asseguravam que a «Pandemia de gripe poderá matar 100 milhões».
Ninguém esquecerá que pouco depois de todo este alarmismo e de uma “corrida” à aquisição do medicamento apontado como o antiviral mais indicado para o tratamento da anunciada pandemia (o Tamiflu), começaram a surgir notícias anunciando os chorudos ganhos obtidos pelo então secretário de estado norte-americano – Donald Rumsfeld – que aproveitou a euforia do momento para vender a participação que detinha no laboratório farmacêutico que produzia aquele medicamento[3] e cuja compra maciça pelo Pentágono fora por ele sancionada.
Negociatas aparte, e enquanto não surge mais alguma notícia do género, deixo aqui a minha convicção de que esta pandemia – à semelhança da anterior – não passa da última manobra para a realização de mais uns quantos grandes negócios! Para o afirmar baseio-me na simples constatação de dois factos ocorridos entre nós na passada semana, a saber: a celebração de mais um 13 de Maio em Fátima, que como hábito terá juntado umas centenas de milhar de fiéis e as comemorações do cinquentenário do Cristo-Rei, que juntaram no fim de semana mais outra centena de milhar, desta vez em Almada.
Se houvesse um efectivo risco de pandemia as autoridades portuguesas teriam permitido que um número tão elevado de pessoas se juntasse para facilitar a propagação do vírus? Claro que não!
Confirmando isto mesmo vejam-se as declarações do comandante distrital de Operações de Socorro da Protecção Civil, que a propósito das centenas de milhares de pessoas que acorreram ao Santuário de Fátima, declarou ao DN que o risco era muito baixo![4]
Com esta apreciação não pretendo levar ninguém a menosprezar o risco e ainda menos a abandonar as práticas preventivas (principalmente as de natureza higiénica), mas tão-somente alertar para o facto de que, tudo o indica, existirá algum alarmismo associado a este clima de medo e insegurança que se está a transmitir às populações.
Os beneficiados serão mais tarde ou mais cedo conhecidos...
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[1] Os dados são os disponibilizados pela OMS e podem ser encontrados aqui.
[2] Esta hipótese foi assunto de várias notícias, entre as quais esta do iONLINE, prontamente desmentida pela OMS.
[3] Uma das notícias sobre este assunto pode ser lida aqui.
[4] A notícia pode ser lida na íntegra aqui.
1 comentário:
Parece alguma ficção da parte do autor, é mesmo um problema de saúde mundial, 80 mortos......
Já a sida é algu natural pois já morreram alguns milhões.....
mas não existe vacina.....
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