quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O TRATADO DE LISBOA E O REFERENDO

O primeiro-ministro José Sócrates foi hoje ao parlamento anunciar o que todos já sabíamos – NÃO VAI HAVER REFERENDO SOBRE O TRATADO DE LISBOA.

Para tal avançou três argumentos[1]:
  1. não se justifica fazer um referendo quando há um consenso alargado na sociedade portuguesa quanto ao projecto europeu e quanto ao próprio Tratado de Lisboa;
  2. há uma ampla maioria de portugueses a favor do projecto europeu e que uma consulta popular em Portugal teria implicações negativas em outros Estados-membros;
  3. a ausência de um referendo sobre o Tratado da UE não quebra qualquer compromisso eleitoral do Governo ou do PS;
mas, podia muito bem (e devia) ser honesto, abandonar os subterfúgios e a retórica e assumir que esta decisão foi previamente concertada entre os parceiros europeus…



isto sim é que seria evidenciar uma verdadeira ética da responsabilidade.
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[1] Extraídos da notícia da TSF.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não há nada melhor do que sentir, como cidadão do "velho e democrático" continente e tambem da UE, que cada vez mais nos são retirados os poucos poderes que temos, e as poucas oportunidades que eventualmente surgem são rapidamente postas de parte por quem pode tornar todo o processo possivel... Depois ainda há quem se admire quando o Francisco Louçã... vem pôr mais uma axas para a fogueira... Tem razão?? Pois claro que tem...

Se aqui alguem perguntar ao Ricardo Araújo Pereira o que achava disto... a reposta rapidamente seria, e passo a citar: " Ah e tal... diz que é jovem... Mas não é... esta União que todos andam pra'i a apregoar, que anda melhor e não sei quê... Eu ainda me lembro do meu avôzinho (que Deus tem ao pé de si) a dizer " Eu ainda sou do tempo em que o cidadão comum podia votar ou expressar a sua opinião em sufrágio, independentemente do que fosse o tema".... (Que rico Avô tinha eu)... Ele até referendava o almoço do dia seguinte..."