Era assim que poderia ser classificada a notícia que ontem foi primeira página do DN, tem feito manchete em muitos meios de comunicação nacional e que dava conta do facto do inspector-geral da ASAE ter sido “apanhado” a fumar num estabelecimento fechado após a entrada em vigor da proibição no passado dia 1, caso aquele responsável não tivesse invocado o argumento de que os casinos e as salas de jogo não estão abrangidos pela mesma regulamentação, interpretação que a DGS (Direcção Geral de Saúde) contesta.
Ao que parece estão em “jogo” os superiores interesses do JOGO e como os proprietários daquele tipo de estabelecimentos não querem arriscar ver reduzidos os seus lucros, a ASAE, pela voz e comportamento do seu principal responsável fazem o “jeito” e preparam-se para “fechar os olhos”.
Confirmando a muito duvidosa qualidade de uma lei que se propõe hoje tratar os fumadores como párias da sociedade (em nome da defesa da saúde mas abrindo as perspectivas para futuras interdições sobre outros grupos que os fanatismos ambientalistas ou securitários entendam merecedores de reprovação e condenação) eis que são os seus próprios “polícias” a evidenciar o ridículo e o oportunismo daquela proibição.
Aos fundamentalistas proibicionistas e afins deixo para reflexão este absurdo – a avaliar pelos “senhores da ASAE” estará cientificamente demonstrado que o fumo nos cafés e bares é altamente tóxico, o mesmo não acontecendo ao fumo nos casinos – e aos fumadores a proposta de passarmos a encher as salas dos casinos, não para jogar mas para fumar...
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