sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

BONS AMIGOS

Infelizmente não é apenas entre nós que as cliques no poder pensam que a memória das pessoas é curta e que o tempo tudo faz esquecer e perdoar. Pelo menos é o que se pode pensar ao ler-se a notícia que a administração Bush resolver atribuir novo cargo público a Paul Wolfowitz.

Como muito bem recorda a NEWSWEEK, fonte da notícia, cerca de três anos após Paul Wolfowitz (um dos principais ideólogos do movimento neoconservador e principal arquitecto da invasão do Iraque) ter renunciado ao cargo de subsecretário de estado da Defesa e decorridos seis meses depois da atribulada demissão da presidência do Banco Mundial (para onde fora nomeado pelo seu amigo George W Bush) – entre alegações de favorecimento e nepotismo – hei-lo de volta ao serviço público pela mão da Secretária de Estado Condoleezza Rice para a presidência da Comissão de Aconselhamento para a Segurança Internacional (International Security Advisory Board), órgão de consulta e aconselhamento de Rice sobre assuntos tais como, desarmamento, proliferação nuclear, armas de destruição em massa, etc.

As reacções, nos círculos próximos da administração e na cena política norte-americana, não tardaram, recordando o decisivo papel que Wolfowitz teve na farsa que conduziu à famigerada invasão do Iraque, facto que não parece incomodar agora Condoleezza Rice...

mesmo recordando que Wolfowitz estará muito bem acompanhado por nomes como os de Robert Joseph, ex-responsável no National Security Council pela investigação sobre as armas de destruição em massa do Iraque e de James Woolsey, ex-director da CIA no mesmo período e grandes aliados durante os debates que antecederam a invasão daquele país.

Felizmente, para Wolfowitz e os seus seguidores, a nomeação de que agora foi alvo não necessita de aprovação do Congresso.

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