É o que parece inferir-se da notícia do FINANTIAL TIMES que dá nota das “dificuldades” que atravessa o presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, para justificar as teias que teceu para a “promoção” de uma funcionária daquela instituição, de nome Shaha Riza, com a qual estará «romanticamente envolvido» (sic).
Como se não bastasse o facto de Wolfowitz ter usado e abusado de uma posição privilegiada no seio de uma organização cuja liderança alcançou graças ao “bom trabalho” desenvolvido junto de George W Bush como seu subsecretário de estado para a Defesa e não por comprovado mérito técnico ou científico, ainda se constata que o referido personagem parece disposto a enfrentar tudo e todos ao recusar-se a pedir a demissão do cargo.
A gravidade do caso “Wolfowitz-Riza” não se resume a uma mera situação de óbvio favorecimento, na medida em que ocorre no interior de uma organização cuja principal objectivo é o de ajudar os governos dos países menos desenvolvidos a implementar projectos de desenvolvimento que contribuam para a melhoria das condições de vida das suas populações, perante os quais deve ser reconhecida como isenta e acima de qualquer suspeita... principalmente quando diz querer combater a corrupção entre esses governos.
Por isso mesmo, segundo o LE MONDE, a comissão de trabalhadores do Banco Mundial já veio a público pedir a demissão do presidente, nas vésperas da assembleia semestral; porém, tratando-se de um cargo de nomeação política é quase obrigatória a anuência da administração Bush para que Wolfowitz seja demitido.
A BBC noticia que Wolfowitz já terá reconhecido publicamente que errou e aceite agir em conformidade com a decisão do conselho de direcção, mas é bem claro que está a jogar no apoio claro do seu “amigo” Bush; tanto que talvez nunca tenha estado tão adequada esta imagem:
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