domingo, 24 de janeiro de 2016

FINALMENTE...

Finalmente Marcelo Rebelo de Sousa ganhou uma eleição nacional.


Passeou pelo País a sua popularidade televisiva e alcançou um resultado bastante para se ver eleito; depois do fiasco que foi a sua candidatura à Câmara de Lisboa, em 1990, voltou agora entronizado como candidato-mediático. Claro que no imediato os partidos que apelando ao voto em Marcelo se esconderam estrategicamente para não associarem as suas desastrosas opções políticas ao candidato-espectáculo, exultam com o resultado e com o crescimento das hipóteses de verem o presidente agora eleito derrubar o governo em funções, mas o futuro dirá se esta foi ou não uma boa opção para os actores políticos.

Do agora eleito presidente conhece-se tudo e o seu contrário, a ponto de Vasco Pulido Valente se referir ao resultado eleitoral como «A vitória da vacuidade», enquanto Áurea Sampaio lembra que «O Presidente Marcelo não nos disse ao que vem» e já se lhe ouviu defender tudo e o seu oposto, bem se podendo dizer (à semelhança do que fez Almada Negreiros no seu Manifesto Anti-Dantas) que Marcelo Rebelo de Sousa ora parece um comentador disfarçado de político, ora um político com a falta de delicadeza dum comentador...

Escolhendo Marcelo Rebelo de Sousa, receio profundamente que o País tenha perdido mais uma oportunidade de escolher uma personalidade adequada para ocupar o Palácio de Belém e que este eleição constitua a abertura dum precedente que venha a colocar em todos os lugares-chave da vida política nacional quem a comunicação social designe como o “melhor”.

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