sábado, 5 de outubro de 2013

PIEGAS, MASOQUISTAS E A REPÚBLICA


No dia que pela primeira vez no último século deixou de ser feriado nacional comemorativo da Implantação da República, acto praticado por um governo dirigido por alguém que a propósito da contestação à sua comprovadamente ineficaz política de “austeridades-expansionista” apelidou os seus concidadãos de “piegas”, com a cobertura complacente do primeiro magistrado da República que não merece e que agora, num registo de insulto equivalente ao anterior, resolveu que «É "masoquismo" dizer que a dívida não é sustentável», deixo uma imagem clara da “gaiola das doidas” em que estão a transformar este País.


No seu lugar deveria ter deixado uma referência e uma lembrança aos que tombaram pelo ideal republicano, cientes de que o fizeram sem sonharem sequer que os poderes agora estabelecidos os aviltariam desta e doutras formas – lembrem se os casos de Miguel Relvas, de Maria Luís Albuquerque, de Rui Machete (incluindo o recente desenvolvimento do “affaire” angolano e de mais uma sucessão de mentiras e meias verdades) –, sem esquecer o ainda por explicar caso dos submarinos que já originou a condenação dos corruptores na Alemanha mas que persiste sem conhecer e condenar os corrompidos em Portugal. Os primeiros merecem o respeito de quem figura nas páginas da História, coisa que dificilmente os segundos alcançarão, pois apenas lhes restará a memória do ridículo.

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