quinta-feira, 13 de outubro de 2016

MR. TAMBOURINE MAN

Quando em Maio deste ano recorri a um poema de Bob Dylan (o famoso THE TIMES THEY ARE A-CHANGIN') para ilustrar o desespero com que muito boa gente observa o quotidiano, estava longe de voltar a este emblemático poeta cantor norte-americano e ainda de o fazer por termos hoje sabido que o «Nobel da Literatura vai para Bob Dylan».


Embora a primeira área de eleição tenha sido a do Pop/Rock, este descendente de judeus russos (de seu nome verdadeiro Robert Allen Zimmerman) acabou por se notabilizar na área do Folk e do Blues (por assumida influência de Woody Guthrie), mas muito em especial pela temática das suas letras, que o levaram desde a canção de protesto – período onde se destacam Blowin' in the Wind e The Times They are A-Changin' que estão entre as canções consideradas verdadeiros hinos dos movimentos contra a guerra e pelos direitos civis – até visões mais pessoais e introspectivas.

Podemos aplaudir a escolha ou partilhar da ideia que «Bob Dylan não merecia» esta distinção, mas facto inegável é que marcou o panorama mundial da música e influnciou outros músicos, como os Creedence Clearwater Revival, Beatles, David Crosby, Stephen Stills, Graham Nash, Neil Young, Paul Simon, Tom Waits, Elvis Costello, Bruce Springsteen, Tom Petty, Ben Harper, Eric Clapton, Nick Drake, Tracy Chapman, U2... e tantos outros que o venham a ouvir com a atenção que ninguém pode negar que merece.

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