terça-feira, 12 de maio de 2015

REINO (DES)UNIDO

A notícia sensação da passada semana foi a grande vitória dos conservadores nas eleições britânicas e o enorme fracasso das previsões que deram até à última da hora um empate técnico entre conservadores e trabalhistas.

Confirmadas as sondagens à boca das urnas que davam os «Conservadores com maioria absoluta no Reino Unido» e as subidas do SNP (partido nacional escocês que elegeu 56 dos possíveis 59 deputados) e do UKIP (partido xenófobo que, devido às características dum sistema eleitoral que integra círculos uninominais e sem distribuição proporcional de mandatos, apenas elegeu um deputado mas obteve mais de 4 milhões de votos), bem se pode dizer que o novo governo de David Cameron vai viver espartilhado entre dois nacionalismos: o escocês, de vertente independentista mas europeísta e o inglês de marcado pendor xenófobo e anti-europeu.


Com a já antecipada viragem à direita do Partido Conservador (vista como resposta às subidas eleitorais do UKIP e confirmada com a notícia que o «Reino Unido já vetou plano de quotas de refugiados na UE» e com o anúncio de que «Cameron quer referendo sobre saída da UE em 2016»), tudo parece conjugar-se para um redesenho do mapa europeu, sem que tal represente significativa melhoria.

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