A leitura da notícia
que dava conta que fora um «Cartoonista
dispensado após publicar desenho com Trump a jogar golfe ao pé de migrantes
mortos», recordou-me o episódio ocorrido com o cartoonista nacional António,
quando o NEW YORK TIMES publicou este seu trabalho:
Reacções de
Donald Trump e do poderoso lóbi judaico levaram a que fosse o «Cartoon
de António acusado de anti-semitismo. NYTimes pede desculpas por o publicar»
e alguns dias depois ficámos a saber que «Após
polémica com António, "The New York Times" elimina
"cartoons"», no que poucos se lembraram de equiparar a inquisitoriais
processos de censura prévia.
De nada serviu quem
lembrasse que «99%
do mundo concorda com o cartoon de António», ou que existe todo um mundo de
diferença entre anti-semitismo e anti-sionismo.
Mas, melhor que muitas palavras deixo aqui
trabalhos de dois outros cartoonistas – o cartoonista costa-riquenho Arcadio
Esquivel e a venezuelana Rayma Suprani que foi dispensada em 2014 do jornal El
Universal depois de realizar um cartoon de Hugo Chavez – comentaram esta
situação, com uma argúcia e uma visão própria da sua arte, onde o primeiro antecipa
o epitáfio do jornal…
…e a segunda deixa uma
comparação entre o 11 de Setembro e as tesouras censórias.
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