segunda-feira, 26 de junho de 2017

2019 A RECOMPOSIÇÃO DUMA NOVA EUROPA? (PARTE I)

Depois dos resultados das recentes eleições na Europa (Austria, Holanda, França e Reino Unido), se a crise grega demonstrou a necessidade de mudar a Europa, o Brexit abriu essa possibilidade. Dito isto, durante um ano, foi difícil perceber como tudo poderia terminar: à moda inglesa (conduzindo-nos a uma recomposição das alianças) ou à maneira continental (mantendo os principíos unificadortes mas recuperando, de alguma forma, o controlo das intituições).

O sinal de mudança não derivou da votação britânica, antes das votações nos estados europeus que reafirmaram a sua lealdade aos princípios da comunidade europeia que obrigará um Reino Unido  que tinha apostado na fragmentação da UE a repensar a estratégia para encontrar uma forma de se manter ligado ao continente sem perder a face e salvar a sua própria união.

A intenção de Theresa May com a antecipação das eleições seria uma espécie de segundo referendo e um reforço da estratégia duma negociação dura com a UE, mas o resultado acabou por lhe ser desfavorável (à sua estratégia e aos interesses do sector financeiro que vêem no hard Brexit uma hipótese de manutenção de algum do actual poder da City), havendo até quem já levante a hipótese de ter colocado em dúvida o próprio Brexit.

Na ânsia de reforçar o seu peso político, Theresa May acreditando nas sondagens e na repetição dos resultados das últimas eleições locais que ditaram uma derrota dos nacionalistas do UKIP e dos trabalhistas, criou uma situação poticiamente instável ao nível interno, dificultou as negociações com a UE e ficou muito longe de acalmar os ventos autonomistas que sopram da Escócia e da Irlanda do Norte.


Quase certo é poder estar a criar um novo cenário, onde se assista à integração da Islândia e da Noruega, desde que este rompa com a tradição centralista de Bruxelas e venha a ser democraticamente validado pelos cidadãos europeus.

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