quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O REGRESSO DA ÁGUIA ALEMÃ

O resultado das eleições alemãs, marcado pela queda acentuada das forças políticas tradicionais (os democratas cristãos da CDU/CSU e os sociais democratas do SPD) e pela entrada para o terceiro lugar da hierarquia da extrema direita nacionalista do AfD e pelo regresso dos liberais do FDP (agora com discurso muito próximo da AfD), pode ter marcado o final de qualquer hipótese para o regresso a uma UE mais próxima dos valores fundadores.


O ressurgimento da “águia alemã” vai representar o enlameamento da vida política e social da Europa, pois tudo indica que os políticos, alemães e de outras nacionalidades, responderão à ascensão da extrema-direita com uma opção pelas ideias menos europeístas pelo que não será de estranhar termos, dentro em pouco, uma Europa a duas velocidades (ou mesmo três, se contarmos que teremos duas dentro da Zona Euro e outra fora dela) e veremos esfumar-se qualquer hipótese do Brexit poder contribuir com alguma coisa de positivo para a reforma da UE.


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