Enquanto a
Europa continua a afundar-se num labirinto de certezas e dogmas, os EUA e o
Irão anunciaram, no início da semana, ter «Alcançado
acordo sobre programa nuclear iraniano»; após doze anos de delicadas (e
tantas vezes torpedeadas) negociações os representantes do chamado “grupo 5+1”
(Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Rússia e China) chegaram a
acordo sobre o programa nuclear iraniano.
Nada que
assegure o fim de todos os problemas (qual é o acordo que o consegue?), antes o
indispensável desanuviamento das relações entre os EUA e o Irão, potenciador de
tentativas de mediação dos conflitos na região do Médio Oriente, cada vez mais
centrados na disputa pela hegemonia regional entre iranianos e sauditas.
O acordo
alcançado em Viena foi bem acolhido em Teerão, que mais não seja por deixar
antever algum alívio para a esgotada economia iraniana, mas pouco ou nada em
Riade e claramente criticado em Tel-Aviv, onde o primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu não hesitou em classificá-lo como um “erro de proporções históricas”.
É claro que o
acordo agora alcançado representou um sério revés no plano internacional (mais
um…) para Netanyahu e os falcões israelitas, mas daí a afirmar que Teerão
continuará a espalhar o terror na região, como se um dos seus pilares maiores
não fosse precisamente o regime de Tel-Aviv, ele sim dotado de arsenal nuclear e
sem controlo internacional, vai alguma distância e um inaudito desaforo…
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