quarta-feira, 30 de julho de 2014

PIPA DO BERLAYMONT

Mesmo com data marcada para o fim duma função que, por falta de qualificações e de aptidões, nunca devia ter exercido, o inefável Durão Barroso consegue continuar a surpreender como se tivesse acabado de chegar ao Berlaymont.

Desta feita, jactante no orgulho dos que nada fazem, assegurou que os 26 mil milhões de euros de fundos comunitários atribuídos a Portugal pela UE «É uma "pipa de massa" e deve ser suficiente para calar quem diz mal da Europa».


Integrando a habitual jogo floral da troca de galhardetes entre Durão Barroso e Passos Coelho, foi com uma frase a roçar a boçalidade que o primeiro voltou a revelar a sua conhecida incapacidade para entender a UE que era suposto ter ajudado a dirigir. Primeiro, misturando fundos estruturais com “ajudas” financeiras aos estados-membros e depois confundindo quem contesta a participação na comunidade europeia (os designados euro-cépticos) com aqueles que apontando os erros ou as insuficiências ao modelo de organização e às camadas dirigentes, querem ver recuperado o conceito de união entre estados igualitários e abolida a dicotomia norte-sul fomentada pelo “diktat” teutónico.

Esperar isso de Durão Barroso já sabíamos que era inútil, do mesmo modo que, ou estou profundamente enganado ou o seu sucessor anunciado, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, também não augura melhoria apreciável.

Sem comentários: