No dia que pela primeira vez no último século deixou de ser feriado
nacional comemorativo da Implantação da República, acto praticado por um
governo dirigido por alguém que a propósito da contestação à sua
comprovadamente ineficaz política de “austeridades-expansionista” apelidou os
seus concidadãos de “piegas”, com a cobertura complacente do primeiro
magistrado da República que não merece e que agora, num registo de insulto
equivalente ao anterior, resolveu que «É
"masoquismo" dizer que a dívida não é sustentável», deixo uma imagem clara da
“gaiola das doidas” em que estão a transformar este País.
No seu lugar deveria ter deixado uma referência e uma lembrança aos que
tombaram pelo ideal republicano, cientes de que o fizeram sem sonharem sequer
que os poderes agora estabelecidos os aviltariam desta e doutras formas – lembrem se os casos de Miguel Relvas, de Maria Luís Albuquerque, de Rui Machete (incluindo
o recente desenvolvimento do “affaire”
angolano e de mais uma sucessão de mentiras e meias verdades) –, sem esquecer o
ainda por explicar caso dos submarinos que já originou a condenação dos
corruptores na Alemanha mas que persiste sem conhecer e condenar os corrompidos
em Portugal. Os primeiros merecem o respeito de quem figura nas páginas da
História, coisa que dificilmente os segundos alcançarão, pois apenas lhes
restará a memória do ridículo.
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