Com a
popularidade presidencial em baixa, já não sequer notícias sobre os resultados
das sondagens ou o facto de ter sido «Cavaco
Silva apupado em Guimarães e em Castro Daire» a fazerem as manchetes dos
jornais, antes um ou outro texto de opinião, dentre os quais destaco o que hoje
assina Paulo Gaião no EXPRESSO.
Oportunamente
intitulado «Cavaquistão apresenta factura do betão ao Senhor Aníbal», merece destaque não tanto
pelo facto de apontar claramente a responsabilidade dos governos de Cavaco
Silva na definição do modelo de desenvolvimento assente no sector da construção
e obras públicas (já em Janeiro de 2006 e quando a dominante eram as loas à
excelência da governação cavaquista, escrevi mais ou menos o mesmo no “post” «REFLEXÕES
SOBRE AS PRESIDENCIAIS») mas pelo seu conteúdo constituir uma interessante
réplica à crónica que o Prof João César das Neves hoje assinou no DN, onde a pretexto duma reflexão sobre «Problemas
insolúveis» aproveitou para criticar os que apontam os erros sem avançar as
soluções.
Da leitura dos
dois textos facilmente se conclui que a solução nacional (acalmem-se que não a vou
reduzir à humorística perspectiva agrícola do “excesso de nabos e falta de
tomates”) terá que passar pelo afastamento dos que estiveram na origem do problema
(PS, PSD e CDS, os partidos que têm partilhado o poder nas últimas décadas) e
pela escolha de quem apresente soluções alternativas, porque, ao contrário do
que exaustivamente se ouve repetir, existem alternativas.
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