Nas
vésperas da discussão de mais um polémico OE, o irrevogável Paulo Portas veio
apresentar o há muito prometido Guião para a Reforma do Estado, pomposamente
denominado «Um
Estado Melhor».
São 112 páginas contendo os «Os pontos essenciais da reforma do Estado», que o ECONÓMICO
sintetizou assim:
·
Limite ao défice na
Constituição
·
"Menos
funcionários mais bem pagos"
·
Agregação de
municípios
·
Reforma da Segurança
Social em 2014
·
Criar "escolas
independentes"
·
Objectivos nos
tribunais na gestão processual
·
Revisão dos estatutos
das magistraturas
·
Arquitectura
institucional do sistema judicial
·
Gestão coordenada da
ADSE com o SNS
enquanto o NEGÓCIOS diz que
«Portas apresenta roteiro liberal
com revisão constitucional no horizonte».
Embora o documento assegure na introdução que «...o Governo vai dirigir-se aos partidos políticos e aos parceiros
sociais. Com a disponibilidade necessária para ouvir, debater, alterar, em nome
do interesse nacional que é de todos», atendendo ao momento da sua
apresentação, à ausência da mínima sustentação para as propostas, de
calendarização e quantificação, à própria forma vaga e banal como é
apresentado, o documento configura mais um programa de governo que um roteiro
para uma reforma e assegurará, quanto muito, que Portas não volte a ser
questionado sobre o prometido guião.
A ideia que Portas apresentou mais que um guião é confirmada pela
afirmação do I de que «Portas
apresenta guião que só o próximo governo pode concretizar», mas nem o facto de
posteriormente assegurar que o «Guia
de Paulo Portas mais brando que recomendações do FMI» lhe reforça a
qualidade ou lhe altera um destino para o qual o tempo e as circunstâncias
rapidamente o remeterão: o rol dos “esquecidos”.
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