Ao que dizem já começou a
campanha eleitoral para a eleição presidencial do dia 24 de Janeiro.
Jornais e televisões
acotovelam-se para acompanharem o dia-a-dia dos principais candidatos enquanto nos
mimoseiam com os mais variados e fúteis “fait
divers” duma corrida especial para Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa, o imbatível
“fazedor de reis”, parte favorito; usa a sua qualidade de inefável comentador
de tudo e mais alguma coisa e julga-se numa espécie de desfile apoteótico até
ao palácio presidencial. Maria de Belém alcandora-se à qualidade de “visitadora”
de lares de terceira idade e de centros de saúde, enquanto Sampaio da Nóvoa
tenta contrariar o rótulo de desconhecido.
Do último conhece-se-lhe o
percurso académico e uma ou outra intervenção contra o princípio da inevitabilidade
do dogma da “austeridade-expansionista”, num período em que os outros apoiaram
ou simplesmente calaram; fala num “tempo novo” (numa referência à evidente
mudança de paradigma político introduzido pela valorização do Parlamento como
emanação do poder executivo) enquanto o inefável comentador espera que ninguém
se lembre (e lhe lembre...) o que antes disse sobre aquele e outros assuntos...
Ainda mal a campanha começou e já
se começam a levantar as primeiras dúvidas à consagração à primeira volta (quiçá
com volta de honra e saída em ombros) do homem que é conhecido por opinar sobre
tudo, revelando afinal que quanto mais os ouvintes conhecem sobre o que opina
mais se apercebem que ele de nada percebe.
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