sábado, 26 de setembro de 2015

INESPERADO

Talvez alguns pensem – genuinamente – que a notícia de que o «Défice dispara para 7,2% por causa do Novo Banco» foi algo de absolutamente inesperado.


Talvez os mesmos que – seguramente na melhor das intenções – sempre propalaram á boca cheia que a intervenção gizada pelo Banco de Portugal não iria ter quaisquer consequências para os contribuintes, que desde a anterior campanha eleitoral para as eleições legislativas têm acreditado – piamente – em tudo o que Passos Coelho e Paulo Portas vão dizendo e no seu contrário, ou que aplaudiram os malabarismos políticos do líder centrista com a mesma desfaçatez que rodearam o oportunista Miguel Relvas dum silêncio cúmplice.

A desfaçatez e a falta de carácter desta gentinha que nos tem governado são em tudo comparáveis à que grassa no mundo empresarial – veja-se o recente escândalo com a Volkswagen a ser acusada de usar software ilegal para passar testes de emissões – onde tudo se submete aos ditames do ganho a qualquer preço. O embuste e a mentira enquanto método para atingir fins grassam entre as elites governantes do mesmo modo que o fazem no mundo dos negócios; a hombridade e a ética foram há muito esquecidas e os resultados estão à vista de todos… os que quiserem ver!

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