Foi sem grande
surpresa que surgiu ontem o anúncio do
fracasso das negociações para a venda do Novo Banco, tanto mais que no
mesmo dia se ficou a saber que o Novo Banco registou prejuízos elevados no
primeiro semestre, a ponto de Pedro Santos Guerreiro se questionar no EXPRESSO: «Prejuízo
de 251,9 milhões de euros. Mas o Novo Banco não era o “banco bom”?».
Disse-se que o
Banco de Portugal, mantendo a anunciada estratégia de negociação particular com
os candidatos à compra, iria passar a negociar com os americanos da Apollo, mas
afinal a nova ronda de negociações será com o outro grupo chinês (Fosum), no
lugar do Anbang.
De trapalhada
em trapalhada e tão secreto quanto convém a um “negócio” que nunca foi bem
esclarecido, Carlos Costa, o Governador do Banco de Portugal, terá cada vez
maiores dificuldades na sua concretização, enquanto crescem as vozes que
perguntam: «Ora
quanto é vamos então perder com o Novo Banco?» ou outras assegurando que o «Novo
Banco pode colocar défice acima dos 7% do PIB».
Indiferente a
tudo isto a Srª Swapp repete o mantra a que o Governo já nos habituou e
insiste: «“Digo
o que sempre disse: contribuintes não serão chamados a cobrir prejuízo”»,
mas nem uma palavra sobre a já prevista fórmula
de compensação das cada vez maiores e mais seguras perdas do Fundo de Resolução,
através dum crédito fiscal que protegerá o sistema financeiro dos prejuízos que
se avizinham.
Quando
acontecer o inevitável (até já o presidente do banco BIG afirmou que «“Os
contribuintes vão pagar [a resolução do BES], pois o Estado vai receber menos
impostos”») que responsáveis iremos ver a assumir os erros? e porque
não a suportar os custos?
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