quarta-feira, 2 de setembro de 2015

FUMAÇA

Foi sem grande surpresa que surgiu ontem o anúncio do fracasso das negociações para a venda do Novo Banco, tanto mais que no mesmo dia se ficou a saber que o Novo Banco registou prejuízos elevados no primeiro semestre, a ponto de Pedro Santos Guerreiro se questionar no EXPRESSO: «Prejuízo de 251,9 milhões de euros. Mas o Novo Banco não era o “banco bom”?».


Disse-se que o Banco de Portugal, mantendo a anunciada estratégia de negociação particular com os candidatos à compra, iria passar a negociar com os americanos da Apollo, mas afinal a nova ronda de negociações será com o outro grupo chinês (Fosum), no lugar do Anbang.

De trapalhada em trapalhada e tão secreto quanto convém a um “negócio” que nunca foi bem esclarecido, Carlos Costa, o Governador do Banco de Portugal, terá cada vez maiores dificuldades na sua concretização, enquanto crescem as vozes que perguntam: «Ora quanto é vamos então perder com o Novo Banco?» ou outras assegurando que o «Novo Banco pode colocar défice acima dos 7% do PIB».


Quando acontecer o inevitável (até já o presidente do banco BIG afirmou que «“Os contribuintes vão pagar [a resolução do BES], pois o Estado vai receber menos impostos”») que responsáveis iremos ver a assumir os erros? e porque não a suportar os custos?

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