Tantos e tão
significativos são os eventos previstos para a semana que vivemos que esta pode
bem tornar-se na mais importante do ano… ou talvez não!
Além das
eleições gregas a realizar no Domingo, assistiremos ainda a uma reunião do BCE,
no dia 22, e à reunião do Fórum Económico Mundial, que já decorre em Davos.
Começando pelo
conclave que anualmente reúne a nata do mundo empresarial importa saber que
este ano «Três
gestores portugueses marcam presença no fórum de Davos» para debater as
questões candentes do momento: os conflitos que emergem no redesenho do xadrez
político-económico (com especial destaque para o que opõe a China ao Japão); a
escassez de recursos naturais, como a água; a nova realidade geoestratégica no
Médio Oriente; o desemprego. No final dos “trabalhos” voltaremos a ouvir
referências à importância de conceitos como a sustentabilidade e outras
fantasias mais ou menos ligadas à globalização, repetir-se-ão os apelos ao fim
dos conflitos (em especial os que as potências ocidentais fomentaram no mundo
árabe) e, depois que a «OIT
alerta para aumento de desemprego no mundo e critica austeridade na Europa», pias intenções de reduzir o
desemprego, mas nada de concreto.
A reunião BCE,
que terá lugar em Frankfurt, deverá saldar-se pelo anúncio da compra de dívida
soberana europeia, mas, ordoliberalismo obriga e situação indefinida na Grécia
recomenda, sob condições tais que suavizarão significativamente os seus efeitos
práticos. Antecipando esta decisão e um aumento do fluxo de capitais, a «Suíça
desiste de manter a divisa ligada ao euro e franco dispara», para desgosto
e preocupação dos seus sectores exportadores.
Resta, assim,
o pleito eleitoral grego e o arremedo de esperança que uma mudança radical na
orientação política do seu governo possa trazer a uma Europa à muito tempo à
deriva, tanto mais que o «Syriza
volta a dominar sondagens a poucos dias das eleições».
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