terça-feira, 20 de janeiro de 2015

INDECISÕES

Tantos e tão significativos são os eventos previstos para a semana que vivemos que esta pode bem tornar-se na mais importante do ano… ou talvez não!

Além das eleições gregas a realizar no Domingo, assistiremos ainda a uma reunião do BCE, no dia 22, e à reunião do Fórum Económico Mundial, que já decorre em Davos.

Começando pelo conclave que anualmente reúne a nata do mundo empresarial importa saber que este ano «Três gestores portugueses marcam presença no fórum de Davos» para debater as questões candentes do momento: os conflitos que emergem no redesenho do xadrez político-económico (com especial destaque para o que opõe a China ao Japão); a escassez de recursos naturais, como a água; a nova realidade geoestratégica no Médio Oriente; o desemprego. No final dos “trabalhos” voltaremos a ouvir referências à importância de conceitos como a sustentabilidade e outras fantasias mais ou menos ligadas à globalização, repetir-se-ão os apelos ao fim dos conflitos (em especial os que as potências ocidentais fomentaram no mundo árabe) e, depois que a «OIT alerta para aumento de desemprego no mundo e critica austeridade na Europa», pias intenções de reduzir o desemprego, mas nada de concreto.

A reunião BCE, que terá lugar em Frankfurt, deverá saldar-se pelo anúncio da compra de dívida soberana europeia, mas, ordoliberalismo obriga e situação indefinida na Grécia recomenda, sob condições tais que suavizarão significativamente os seus efeitos práticos. Antecipando esta decisão e um aumento do fluxo de capitais, a «Suíça desiste de manter a divisa ligada ao euro e franco dispara», para desgosto e preocupação dos seus sectores exportadores.


Resta, assim, o pleito eleitoral grego e o arremedo de esperança que uma mudança radical na orientação política do seu governo possa trazer a uma Europa à muito tempo à deriva, tanto mais que o «Syriza volta a dominar sondagens a poucos dias das eleições».

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