No mesmo dia
em que ficámos a saber que o «Governo
aprova segundo orçamento rectificativo do ano», depois de semanas a ouvir a
justificativa ladainha que acusava o Tribunal Constitucional e a reposição
salarial por este imposta, eis que afinal se descobre que a «Despesa
sem juros e salários subiu 618 milhões em vez de cair».
Esta conclusão
revela dois pormenores nada displicentes:
- o
governo do rigor e da austeridade é tão incapaz quanto os antecessores de
reduzir a despesa pública;
- o
empolgamento pela austeridade reduz-se à sua aplicação àqueles que pouco
ou nada podem fazer para lhe escapar;
que me levam a
concluir que a equipa liderada por Passos Coelho, onde pontifica a inefável
“Senhora Swap”, não enferma apenas de incompetência técnica (como oportunamente
procurei demonstrar no “post” « …ERROS
CRASSOS» o OE 2014 está ferido dum erro técnico insanável) nem se
caracteriza pela análise dogmática que tudo resume ao desgastado estribilho do
“andámos a viver acima das nossas possibilidades”, antes pela actuação
mistificadora e tanto ou mais despesista que as dos seus antecessores.
Enquanto a
versão do governo assegura que o Orçamento «Rectificativo
garante défice de 4% sem aumentar impostos», resta esperarmos até à sua
apresentação, na próxima semana, para então conhecermos toda a extensão dos
cortes que há semelhança dos anteriores voltarão a atingir “as gorduras” do
Estado: NÓS!
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