Estivesse eu a
preparar alguma tese em áreas da estatística, da história contemporânea ou até da
comunicação social e seguramente escolheria para tema uma questão que há vários
anos me intriga e algumas notícias desta semana reacendeu: a estreita
correlação entre a redução dos indicadores da criminalidade e as passagens do
PP (Partido do Portas) pelo Governo.
Este trabalho
seria tanto mais interessante quanto é notória a correlação directa entre os
grande títulos jornalísticos de assaltos e demais malfeitorias a “velhinhas” e
a travessia das vias purgatórias da oposição por Paulo Portas.
É claro que
como habitual a apresentação dos resultados do Relatório
Anual de Segurança Interna não
foi acompanhado desta dúvida, nem de muitas outras que mereciam as suas quase
400 páginas: como fosse a redução de ocorrências – leia-se participações às
forças de segurança – sem referir o o recorrente sentimento de inutilidade de
que há muito tempo os cidadãos se queixam, para não falar da evidente
contradição entre a melhoria dos resultados e o facto deste governo já ter
demitido 3 directores nacionais da PSP e ter enfrentado as maiores
manifestações da II República, incluindo as das próprias forças de segurança.
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