sábado, 5 de abril de 2014

RESPOSTAS SEM PERGUNTAS

Estivesse eu a preparar alguma tese em áreas da estatística, da história contemporânea ou até da comunicação social e seguramente escolheria para tema uma questão que há vários anos me intriga e algumas notícias desta semana reacendeu: a estreita correlação entre a redução dos indicadores da criminalidade e as passagens do PP (Partido do Portas) pelo Governo.

Este trabalho seria tanto mais interessante quanto é notória a correlação directa entre os grande títulos jornalísticos de assaltos e demais malfeitorias a “velhinhas” e a travessia das vias purgatórias da oposição por Paulo Portas.


É claro que como habitual a apresentação dos resultados do Relatório Anual de Segurança Interna não foi acompanhado desta dúvida, nem de muitas outras que mereciam as suas quase 400 páginas: como fosse a redução de ocorrências – leia-se participações às forças de segurança – sem referir o o recorrente sentimento de inutilidade de que há muito tempo os cidadãos se queixam, para não falar da evidente contradição entre a melhoria dos resultados e o facto deste governo já ter demitido 3 directores nacionais da PSP e ter enfrentado as maiores manifestações da II República, incluindo as das próprias forças de segurança.

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