Analisada à
luz da actuação do governo de Passos Coelho e na data em que foi lida – 1 de
Abril –, a notícia de que «Fuga de cérebros pode causar “sérios danos à
economia nacional”, admite relatório do Governo» só poderia ser,
a par doutras...
..., englobada
no leque das tradicionais brincadeiras do Dia das Mentiras.
Sucede porém
que a fonte foi o Relatório Anual de Segurança
Interna de 2013, produzido por um departamento governamental, o Sistema de
Segurança Interna, tutelado pelo Ministério da Administração Interna dum
governo que se tem mostrado convictamente empenhado em aniquilar quaisquer
expectativas de futuro para os cidadãos e em especial para os mais jovens, opção
que levou o físico e ensaísta Carlos Fiolhais a afirmar que «"Se
há governantes que não querem cidadãos, era melhor irem eles embora"».
A evidência da
completa ausência de políticas orientadas para o estímulo à criação de emprego
foi recentemente reforçada com os últimos dados
do EUROSTAT confirmando que o «Desemprego
jovem chega aos 35% enquanto taxa global fica em 15,3%», o que significa
uma estabilização da taxa de desemprego e o arrefecimento do entusiasmo no
cenário duma recuperação económica caracterizada pelos próprios agentes
políticos como «"A
vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor"», como se o
bem-estar dum país fosse dissociável do dos seus cidadãos.
Mas a
imagem de acentuada deterioração das condições sociais e de trabalho no país é
ainda confirmada pelo recentemente publicado Boletim
Estatístico do Emprego, quando se constata que o número de «Sectores
dependentes do salário mínimo mais do que duplicaram desde 2011»,
que evidenciando uma tendência para a redução dos salários
confirma a triste realidade dum país onde já se empobrece trabalhando…
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